Recursos para promover o trabalho de jornalistas mulheres

À medida que as agressões contra comunicadores e meios de comunicação crescem diariamente, o trabalho de mulheres jornalistas tem sido ainda mais desafiador. Em 2022, já foram registrados 30 casos de ataques contra mulheres apenas no Brasil. Com o objetivo de fortalecer essas profissionais, a Global Investigative Journalism Network (GIJN) publicou a tradução em português do guia “Recursos para jornalistas mulheres”, que reúne dicas de especialistas e ferramentas úteis para a produção de reportagens.

Dividido em oito capítulos, o guia apresenta mecanismos para que as profissionais de imprensa possam se proteger, lidar com episódios de assédio e discriminação, além de destacar histórias de grandes jornalistas investigativas, que podem servir como inspiração. O material foi publicado originalmente em inglês no ano de 2019 e atualizado com novos recursos em 2022.

A nova versão conta com a indicação de dois trabalhos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O primeiro, presente no terceiro capítulo, menciona uma pesquisa sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no setor, que foi utilizada como base para o “Mulheres no Jornalismo Brasileiro”. Já o projeto Violência de gênero contra jornalistas, que conta com o apoio da UNESCO, foi citado no último capítulo do guia.

A Abraji é uma das organizações que integra a GIJN em Português, a primeira comunidade do mundo de jornalistas que trabalham em língua portuguesa. A iniciativa firmada em 2018 tem como objetivo fomentar e difundir técnicas, tutoriais e o melhor da produção jornalística de países como Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e de outras regiões em que o português é falado.

Confira a íntegra do guia, publicado no site da Abraji:

*Foto de capa: Reprodução/GIJN