Fundo Patrimonial

fundo

O Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI – visa a dar sustentabilidade financeira à ABRAJI, uma instituição apartidária, que não recebe dinheiro do governo e não tem fins lucrativos. O instrumento é inspirado em fundos de reserva chamados endowment funds, tradicionalmente usados no exterior por universidades e organizações de prestígio como Harvard, Fundação Ford e Fundação Nieman.

A gestão dos fundos de endowment obedece a regras estritas de resgates, que permitem apenas a utilização de um percentual pequeno do capital para financiar atividades e projetos anualmente. O restante do patrimônio é mantido investido de acordo com uma política de investimentos caracterizada pelo foco no longo prazo e pela diversificação de ativos. O objetivo é que os fundos de endowment gerem recursos periódicos para a causa a que estão vinculados e, ao mesmo tempo, preservem o seu patrimônio para manter a capacidade de geração de rendimentos no futuro.

Administração responsável

O patrimônio do F/ABRAJI provém de doações de pessoas físicas e jurídicas que querem contribuir para elevar a qualidade do jornalismo praticado no Brasil e, consequentemente, fortalecer sua democracia.

A gestão do Fundo segue as melhores práticas de governança e transparência, e assegura o uso racional e responsável dos recursos. A administração financeira obedece a diretrizes descritas no regimento interno do F/ABRAJI e aprovadas pela Assembleia Geral da associação em outubro de 2015.

A administração do Fundo é subordinada ao Conselho Curador. Atualmente, integram o órgão um especialista em finanças, o presidente de turno da ABRAJI, todos os ex-presidentes e o secretário-executivo da associação. Os mandatos dos conselheiros variam de quatro a seis anos, com exceção dos ocupantes dos cargos de secretário-executivo e de presidente da ABRAJI, pois essas funções têm assento permanente no Conselho.

Clique aqui para ler as políticas de governança, investimento, captação e regras de resgate do fundo.

Aperfeiçoamento do jornalismo e da democracia

Ao fiscalizar e revelar informação relevante, o jornalismo exerce um papel fundamental na construção e na consolidação de democracias de todo o mundo.

No Brasil, uma democracia ainda jovem, o trabalho da imprensa tem sido decisivo para o desmantelamento de esquemas de corrupção e de outras práticas nocivas ao estado democrático de Direito.

Por ser uma prática construída diariamente, a atividade jornalística deve ser constantemente repensada e renovada. Esse processo é essencial para que o jornalismo possa refletir as transformações da sociedade e incorporar ferramentas advindas dos avanços tecnológicos, sem perder de vista a sua essência – a reportagem.

Assim, faz-se necessária a atuação de uma organização como a ABRAJI que sirva de plataforma para a difusão de novas técnicas e a troca de experiências entre profissionais de diferentes veículos e culturas.

A Abraji fica mais forte, a democracia mais sólida. Quem ganha é você.

Regulamento

A gestão do F/ABRAJI segue as diretrizes contidas em seu regimento interno e no Estatuto Social da ABRAJI. Leia abaixo os documentos que norteiam a administração do fundo de endowment da ABRAJI.

Metas

O F/ABRAJI tem como meta captar R$ 2 milhões antes de permitir o primeiro resgate. No médio prazo, espera-se que o Fundo reúna sob sua administração um patrimônio de R$ 5 milhões. Nesse cenário, o F/ABRAJI terá condições de repassar para a ABRAJI até R$ 250 mil por ano, o que equivale a realizar um seminário regional por mês, em valores atuais.

Os recursos provenientes do F/ABRAJI serão usados para ampliar a atuação da ABRAJI em três eixos: capacitação, defesa profissional e monitoramento do grau de transparência dos setores público e privado. Com os repasses do Fundo, a associação poderá treinar mais jornalistas em diferentes partes do país e expandir os programas em benefício da segurança dos jornalistas e do acesso deles a informações necessárias para a realização de reportagens de interesse público.

Assim, o pleno funcionamento do F/ABRAJI garantirá a expansão do trabalho da ABRAJI em prol do jornalismo de qualidade, da liberdade de expressão e da construção de um país mais justo e democrático.

Conselho Curador

A gestão do F/ABRAJI segue as diretrizes contidas em seu regimento interno e no Estatuto Social da ABRAJI. Leia abaixo os documentos que norteiam a administração do fundo de endowment da ABRAJI.

Marcelo Beraba

Presidente da ABRAJI, 2003-2007

Marcelo Beraba foi diretor do Grupo Estado em Brasília. Trabalhou em O Globo, no Jornal do Brasil, na TV Globo e na Folha de S.Paulo, onde exerceu, entre outras, a função de ombudsman. É um dos fundadores e foi o primeiro presidente da Abraji. Recebeu em 2005 o Prêmio Excelência em Jornalismo do ICFJ.

Angelina Nunes

Presidente da ABRAJI, 2008-2009

Angelina Nunes é mestre em Comunicação pela Uerj (RJ), recebeu prêmios internacionais de jornalismo, como Rey de España, IPYS e SIP, e nacionais, como Esso, Embratel, Vladimir Herzog e CNH. É membro do International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) e coordenadora do Programa Tim Lopes.

Fernando Rodrigues

Presidente da ABRAJI, 2010-2011

Fernando Rodrigues é mestre em Jornalismo Internacional pela City University, de Londres, cobriu todas as eleições presidenciais brasileiras desde a redemocratização. Em 2016, lançou o portal Poder360 (www.poder360.com.br). Tem 4 Prêmios Esso. Foi fellow na Fundação Nieman, em Harvard. Em 2018, ganhou o Maria Moors Cabot, o prêmio mais antigo oferecido a jornalistas.

Marcelo Moreira

Presidente da ABRAJI, 2012-2013

Marcelo Moreira foi diretor de Jornalismo da Globo onde trabalhou 24 anos em diferentes cargos de liderança. Faz parte do grupo de fundadores da Abraji. Foi repórter também em O Dia, A Notícia e no Jornal do Brasil. Em 2006 passou a integrar o conselho do International News Safety Institute (INSI) e ajudou a reforçar a cultura de segurança para jornalistas em áreas de risco no Brasil. Fez curso de Jornalismo Investigativo na Universidade de Columbia (Nova York) e foi fellow do programa Knight-Wallace, da Universidade de Michigan, ambas nos EUA. Atualmente colabora para o site The Conversation Brasil

José Roberto de Toledo

Presidente da ABRAJI, 2014-2015

José Roberto de Toledo é introdutor das técnicas de jornalismo de dados no Brasil e foi editor-executivo da revista piauí. Também foi colunista de política na Folha e Estadão, comentarista e entrevistador na TV Cultura e RedeTV!

Thiago Herdy

Presidente da ABRAJI, 2016-2017

Thiago Herdy é colunista do UOL em São Paulo. Formado em Jornalismo pela PUC de Minas Gerais, trabalhou no Estado de Minas, Diário da Tarde e no Diário do Comércio. É vencedor dos prêmios Esso 2008 e 2010, nas categorias regionais.

Daniel Bramatti

Presidente da ABRAJI, 2018-2019

Daniel Bramatti é editor do Estadão Dados, núcleo de jornalismo de dados do jornal O Estado de S.Paulo. Já atuou como repórter e subeditor de Política no mesmo veículo, onde está desde 2008. Entre 1994 e 2006, trabalhou na Folha de S.Paulo, na sede, na Sucursal de Brasília e como correspondente em Buenos Aires.

Marcelo Träsel

Presidente da ABRAJI, 2020-2021

Marcelo Träsel é jornalista, doutor em Comunicação Social (PUCRS), professor na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da mesma universidade. Criador do curso de especialização em Jornalismo Digital da PUCRS. Pesquisa o jornalismo guiado por dados, o jornalismo colaborativo e a desinformação.

Ed Morata

CEO da Cambridge Family Enterprise Group

Ed Morata é CEO da Cambridge Family Enterprise Group, organização que ajuda empresas familiares a navegar na nova economia e fazer sucessão geracional. A empresa tem sede nos Estados Unidos, de onde conduz também a ForFuturing, consultoria especializada em ESG. Mestre em Direito pela PUC-SP e bacharel em Administração Pública pela FGV, tem 35 anos de atuação em instituições financeiras globais.

Depoimento
Gil Castello Branco

A ABRAJI reforça a ideia de que o jornalismo deve ser exercido de forma fiscalizadora, para influenciar e perpetuar a boa governança, a transparência e o controle social. Fomentar o jornalismo investigativo, como faz a Abraji, é solidificar a própria democracia.

Gil Castello Branco
Economista, fundador da Associação Contas Abertas

Rosental Calmon Alves

A ABRAJI teve em sua primeira década um efeito transformador no jornalismo brasileiro, ao disseminar pelo país o conceito do jornalismo investigativo ético e de profundidade, através de práticas que incluem o mais avançado da tecnologia digital e o mais valioso da reportagem tradicional, além de noções de segurança e redução de riscos para os jornalistas. Esse transformador efeito ABRAJI tem sido uma benção para a democracia e a transparência em temas de interesse público no Brasil.

Rosental Calmon Alves
Fundador e diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas

Juca Kfouri

A ABRAJI, com o perdão do chavão, é uma das chamadas trincheiras das lutas de quem se propõe a fazer jornalismo com independência no Brasil.

Juca Kfouri
Colunista da Folha de S.Paulo, UOL e ESPN-Brasil

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