- 07.04
- 2021
- 19:38
- Abraji
Liberdade de expressão
Presidente do Senado se reúne com Abraji e sete organizações para discutir ataques à liberdade de imprensa
Em reunião com oito organizações ligadas à liberdade de imprensa na tarde desta quarta-feira, Dia do Jornalista (7.abr.2021), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), assumiu um compromisso com a defesa pública do jornalismo e dos profissionais de imprensa. A Abraji e outras entidades da sociedade civil entregaram uma carta aberta ao Congresso Nacional com sete recomendações para garantir o exercício livre da imprensa.
Pacheco afirmou que rejeitará qualquer tipo de agressão, violência ou mitigação de direitos de jornalistas no Brasil.
“Pedirei ao setor de comunicação do Senado, composto em boa parte por jornalistas, que inaugure uma campanha de garantia da informação com lisura, independência e autonomia, abolindo qualquer tipo de violência em relação aos profissionais que têm como objetivo principal a informação. Esse é meu compromisso, feito no dia 7 de abril de 2021, Dia do Jornalista, de reiterar a importância do jornalismo no Brasil para a consolidação da democracia e a evolução civilizatória do povo brasileiro.”
Veja a declaração do presidente do Senado.
No encontro, Abraji, Artigo 19, Conectas Direitos Humanos, Intervozes, Federação Nacional dos Jornalistas, Instituto Vladimir Herzog, Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) e Repórteres sem Fronteiras (RSF) relataram o aumento exponencial dos ataques contra a imprensa e fizeram um apelo para que o parlamento brasileiro se manifeste a respeito e mantenha um ambiente seguro para a imprensa, garantindo também mecanismos de transparência e acesso à informação.
A carta aberta faz um alerta para que Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, fiquem atentos a projetos de lei em tramitação nas duas casas que podem impactar negativamente a liberdade de imprensa ou restringir o trabalho desses profissionais no país.
O presidente da Abraji, Marcelo Träsel, foi o escolhido pelas organizações como porta-voz do grupo. Ele destacou os ataques à sede de um jornal em Olímpia, no norte de São Paulo, e à Patricia Campos Mello, repórter da Folha de S. Paulo. “Considero qualquer tipo de violência em relação à profissão de jornalista um retrocesso ao Estado Democrático de Direito”, declarou Pacheco.
Em contraste com o tom adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, Pacheco elogiou o trabalho dos repórteres durante a pandemia. “Eu os parabenizo e os reconheço como agentes importantes de informação para que as pessoas mantenham o isolamento social, usem máscara, higienizem as mãos e possam cumprir com suas obrigações para evitar se contaminarem e contaminarem os próximos.”