Maior evento de jornalismo do país amplia leque de temas, convidados e regiões
  • 11.08
  • 2021
  • 12:53
  • Abraji

Formação

Maior evento de jornalismo do país amplia leque de temas, convidados e regiões

Imagem da capa do site:  Abraham Jiménez Enoa, jornalista cubano.

Imagem da matéria: Felipe Neto, fotografado por Fábio Motta. 

O maior evento de jornalismo do país e um dos mais importantes da América Latina vai receber um repórter que trabalhava em Hong Kong e que está em local não identificado por temer por sua segurança. O freelancer compartilhará suas experiências em lidar com a repressão do governo chinês, assim como profissionais que produziram investigações no Brasil e no mundo mostrarão como apuraram seus furos. O leque de painelistas inclui o youtuber e comunicador digital Felipe Neto, a americana Julie Brown, que revelou um escândalo sexual mundial da rede comandada pelo financista Jeffrey Epstein, e a queniana Catherine Gicheru, premiada por seu iniciativas inovadoras para melhorar o jornalismo na África.

O 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji vai durar sete dias (de 23 a 29 de agosto). São 70 horas de oficinas, palestras e debates que ficarão disponíveis por 30 dias na plataforma do evento. Pelo segundo ano consecutivo, em razão das crises sanitária e econômica, as inscrições são gratuitas. Mas os participantes são convidados a doar qualquer valor para fortalecer o trabalho da Abraji. Clique aqui para se inscrever.

Se em 2013 um repórter de Gana protegeu o rosto durante a 8ª edição do Congresso, em 2021 a Abraji optou por não divulgar o nome e o local onde o jornalista de Hong Kong está para garantir que ele não seja encontrado até o dia que a sessão vai ao ar, no dia 27 de agosto, às 17h45. Ele fará um balanço da situação da imprensa desde que o governo central da China impôs uma lei de segurança nacional que se transformou em instrumento de perseguição sistemática a dissidentes e críticos de políticas públicas. A mesa será apresentada por Márcio Gomes, âncora da CNN Brasil, que já foi correspondente da Globo na Ásia. Zaffar Abbas, premiado internacionalmente, também contará o movimento de resistência da imprensa no Paquistão.

A sessão que abre o Congresso, na segunda-feira, dia 23 de agosto, será ao vivo e vai discutir o declínio da liberdade de imprensa e a falta de liberdade de expressão em países latino-americanos. O cubano Abraham Jiménez Enoa, a nicaraguense Lucía Pineda Ubau e o colombiano Jonathan Bock Ruíz serão entrevistados pela diretora da Artigo 19 Brasil, Denise Dora. Da imprensa americana há representantes do Washington Post, New York Times, Miami Herald e do programa Frontline, da rede pública PBS. Serã 30 convidados internacionais - 13 nomes a mais que em 2020 e 14 a mais que em 2019.

Também estarão presentes personalidades públicas como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que será entrevistado por Flávia Oliveira, da GloboNews. Clara Becker, fundadora do Redes Cordiais, conversará com Felipe Neto, dono de um dos canais de maior sucesso no YouTube brasileiro, com mais de 42 milhões de inscritos, e que se tornou uma das vozes mais potentes em defesa da democracia no país. O debate será sobre como jornalistas podem aprender com influenciadores a engajar a audiência, criar um senso de comunidade e se comunicar com uma linguagem que ajude na divulgação de seu trabalho. E também sobre como os influenciadores podem se beneficiar com as técnicas de verificação, comprometendo-se a disseminar informação de qualidade. 

Um dos desafios da programação foi reunir projetos jornalísticos inspiradores, como o “Entreviste um Negro”, cuja fundadora, Helaine Martins, de 33 anos, morreu neste ano após uma parada respiratória. Karol Gomes, que agora representa a iniciativa, vai falar sobre o assunto na mesa “Diversificando as fontes: como empretecer a cobertura e tornar o jornalismo mais plural”, organizada pelo Coletivo Lena Santos, criado para debater a inserção do negro no jornalismo e a atuação antirracista na imprensa. 

Realizado anualmente desde 2005, o Congresso da Abraji de 2020 bateu recorde de público com mais de 10 mil inscritos. Dois outros eventos paralelos integram a programação deste ano: o VIII Seminário de Pesquisa (28 de agosto), que discute pesquisas acadêmicas sobre jornalismo investigativo; e o 3º Domingo de Dados (29 de agosto), maratona de cursos de jornalismo de dados. É preciso se inscrever nos dois encontros separadamente. Clique aqui para o sábado e aqui para participar do domingo. 

As homenageadas do 16º Congresso são Elaíze Farias e Kátia Brasil, fundadoras da Amazônia Real, a primeira agência de jornalismo independente e investigativo do Norte do País. Uma cerimônia apresentada por Marcelo Träsel, presidente da Abraji, e Eliane Brum, do El País, vai exibir um documentário sobre o trabalho das duas repórteres.

O 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo conta com o patrocínio de Facebook Journalism Project, Google News Initiative, Grupo Globo e Luminate, além de Agência Lupa, Artigo 19, CNN Brasil, Folha de S.Paulo, International News Safety Institute (INSI), Itaú, Metrópoles, O Estado de S.Paulo, Poder360, Trust Project, Twitter e UOL. O evento terá apoio de mídia de CBN, Correio (BA), GloboNews, Grupo RBS e revista piauí e apoio institucional de Abert, Agência Pública, Ajor, Aner, ANJ, Comunique-se, Consulados e Embaixada dos EUA, FAAP, FCB Brasil, Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, Knight Center, Jornalismo ESPM, Jornalistas & Cia, Oboré, Portal Imprensa, PUC-SP, Textual Comunicação e UNESCO. 

Serviço
16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo 
23 a 29 de agosto de 2021
Inscreva-se em congresso.abraji.org.br
Email para dúvidas: [email protected]
 

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