Abraji recebe sugestões para a programação do 18º Congresso

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) abriu, nesta segunda-feira (16.jan.2023), a chamada de sugestões para a programação do maior encontro de jornalistas do país, o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Por meio deste formulário on-line (também disponível no final da matéria), poderão ser compartilhadas ideias de palestras, cursos, oficinas, palestrantes e moderadores(as) para a 18ª edição do evento, a ser realizada entre os dias 29.jun.2023 e 2.jul.2023 (de quinta-feira a domingo), em São Paulo.

O evento geralmente tem cerca de 100 atividades, incluindo o 5º Domingo de Dados. O processo de seleção de trabalhos para o X Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo será aberto em breve. Em 2022, foram mais de 200 sugestões do público externo. A edição anterior bateu recorde de palestrantes, moderadores(as) e veículos e organizações participantes.

Para que jornalistas e estudantes de todo o país possam acompanhar mais atividades, a Abraji realizará o Congresso de 2023 de forma híbrida: presencial e on-line. Além de comparecer ao evento presencialmente, em local a ser definido, o público também poderá assistir parte das atividades de maneira remota. E se você já frequentou edições anteriores e ficou com a sensação de perder uma atividade por ter participado de outra, a Abraji traz uma boa notícia: uma parte da programação ficará disponível por tempo determinado em uma plataforma on-line para quem quiser ver e rever as sessões. As informações sobre os ingressos e modos de participação serão divulgadas a partir de abr.2023 quando as inscrições forem abertas.

As sugestões para a programação do Congresso poderão ser enviadas até o dia 16.mar.2023. 

Após as ideias recebidas passarem por um processo de sistematização, a diretoria da Abraji decidirá quais constarão da programação. Em 2023, a equipe Abraji incluiu novas perguntas no formulário e lembra aos participantes a importância de sessões que valorizem e promovam a diversidade e inclusão étnico-racial, de gênero e sexualidade, regional, socioeconômica e a relativa a pessoas com deficiência no jornalismo.

“Uma das metas da Abraji é ampliar a discussão sobre as múltiplas realidades no/pelo jornalismo, tornando o Congresso mais inclusivo”, lembra Gabi Coelho, que faz parte da diretoria e é uma das voluntárias que ajuda a equipe a fazer a curadoria do evento. “Todos os anos também observamos diversidade de temas, que vão desde as ameaças à democracia, passando por questões de segurança, iniciativas dentro e fora do Brasil e novos modelos de sustentabilidade dos negócios jornalísticos”, complementa Cristina Zahar, secretária-executiva da Abraji e supervisora geral do Congresso.

Antes de responder ao formulário, a Abraji recomenda que profissionais e estudantes pensem sobre quais temas gostariam de assistir, que bastidores de reportagem merecem ser discutidos de forma mais ampla, que cursos e oficinas devem ser priorizados e o que não pode faltar na programação. 

O formulário permite que comunicadores, repórteres, estudantes, editores e outros profissionais ligados ou não ao jornalismo enviem mais de uma sugestão. Veículos de todos os tamanhos estão convidados a sugerir seus trabalhos mais expressivos. Como haverá um dia dedicado a oficinas e debates sobre jornalismo de dados, as sugestões que contemplem esse tema também podem ser respondidas no mesmo formulário. Em 2023, cada pessoa que enviar uma sugestão vai receber um e-mail automático de confirmação. A Abraji entrará em contato somente com palestrantes, moderadores(as) e instrutores(as) a serem convidados(as). Em alguns casos, o(a) autor(a) da sugestão poderá ser contatado.

O trabalho de curadoria

A preparação do Congresso leva um ano e começa logo após o fim da edição anterior. Equipe, conselho e diretoria se reúnem para avaliar o conteúdo a partir das sugestões, críticas e elogios apresentados pelo público, desde questões de logística até de melhoria da programação. Depois é estabelecido um cronograma tanto para convidar palestrantes como para divulgar as diferentes etapas de trabalho, incluindo a divulgação dos(as) homenageados(as) e convidados(as) internacionais.

Além das sugestões enviadas pelo público, a equipe considera assuntos e palestrantes pensados pela diretoria, por integrantes do conselho curador (ex-presidentes), equipe, organizações da sociedade civil, veículos e seus(suas) associados(as).

“Fazemos também um monitoramento do noticiário, com os trabalhos seminais, já que muitos repórteres não têm tempo de refletir sobre seus próprios furos e reportagens exclusivas”, afirma Maria Esperidião, responsável pela curadoria.

Uma vez definidos os temas principais, começa o envio de convites a palestrantes, moderadores(as) e instrutores(as) e a logística para organizar a extensa programação do evento, com o desafio de escrever em três idiomas e conciliar as agendas de convidados(as) de diferentes partes do mundo.

A Abraji deve divulgar o primeiro esboço da programação em abr.2023, na abertura das inscrições. Outros 20% da programação serão anunciados até as vésperas do evento. 

“Deixamos essa brecha para que tenhamos um evento com temas indispensáveis e que não podem ficar de fora. Se o Congresso fosse hoje, por exemplo, e estivéssemos com tudo organizado, certamente abriríamos espaço para o debate sobre os atos terroristas em Brasília”, explica Katia Brembatti, presidente da Abraji.

A Abraji preparou um documento sobre as atribuições de palestrantes, moderadores(as) e instrutores(as) nas sessões. A leitura desse documento é muito importante, sobretudo para quem tem interesse em moderar uma atividade, já que o(a) moderador(a) é o(a) responsável por coordenar a sessão, em parceria com a equipe da Abraji, desde a concepção da palestra à realização. 

“O Congresso da Abraji é um evento colaborativo e não acontece sem a contribuição e dedicação de seus convidados. Se a pessoa que está participando da chamada de sugestões tiver um nome, uma ideia ou um assunto de que sente falta na sua formação, nosso time vai ajudar a estruturar e desenvolver a sessão”, lembra Brembatti.

Acesse o formulário abaixo ou por meio deste link.