- 29.11
- 2023
- 18:00
- Abraji
Formação
Liberdade de expressão
Acesso à Informação
Abraji elegerá sua nova diretoria para o biênio 2024-25
Associadas e associados da Abraji participam nos próximos dias da eleição da chapa que comandará a organização no biênio 2024-2025. A votação será on-line, do período de 1 a 4 de dezembro (de sexta a segunda-feira). Apenas uma chapa se inscreveu, tendo à frente Katia Brembatti e Maiá Menezes, como vice-presidente. Pela primeira vez, a diretoria poderá ser composta majoritariamente por mulheres. Katia, que era vice, assumiu a presidência em agosto do ano passado, quando houve a renúncia da então presidente Natália Mazotte.
Para Katia, o maior desafio que se impõe nesse novo biênio é o assédio judicial. "Decisões dos tribunais de todo o país têm deixado a liberdade de imprensa em risco. Recentemente uma jornalista de Santa Catarina, Schirlei Alves, foi condenada na esfera criminal, com pena de um ano de prisão e fixação de uma multa de R$ 400 mil, totalmente incompatível com os rendimentos dela. Mais problemas se avizinham. O Supremo Tribunal Federal adotou uma tese que tem potencial para repercutir gravemente nos tribunais de primeira instância, complicando ainda mais a liberdade de veículos de imprensa e os jornalistas", afirmou.
Outro ponto importante para os próximos meses é fazer valer de forma sistemática a Lei de Acesso à Informação (LAI), destacando que não há conflito com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para isso, além de ações de incidência em órgãos públicos, é importante ajudar na formação dos jornalistas para que façam cada vez mais o uso da LAI, essencial para a transparência pública.
A violência física, moral e digital contra os jornallistas é um foco de atenção para a nova diretoria da Abraji, assim como a ampliação dos programas de formação e a promoção da diversidade racial, social, geográfica e de gênero. A chapa inscrita conta com profissionais de todas as regiões do país e 57% das pessoas integrantes se declaram não brancas. "E, em meio a essa diversidade e em busca da excelência, a Abraji deve se desbobrar para fazer um congresso ainda melhor e mais inclusivo do que o que realizamos este ano, com centenas de palestrantes e mais de mil participantes."
Conheça, abaixo, as pessoas que compõem a chapa inscrita para a diretoria e conselho fiscal da Abraji:
Presidente:
Katia Brembatti foi eleita vice-presidente da Abraji em 2021 e assumiu a presidência em 2022. Atua na cobertura de política, meio ambiente, infraestrutura e Judiciário. Com a série Diários Secretos, juntamente com três colegas, recebeu o Prêmio Esso, o Tim Lopes, o Ipys de melhor reportagem da América Latina e o Global Shining Light Award, de melhor reportagem em país em desenvolvimento. É editora no Estadão Verifica, professora de Jornalismo na Universidade Positivo.
Vice-presidente:
Maiá Menezes é repórter de Política. Trabalha atualmente na Revista Veja. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pós-graduação em Políticas Públicas. Foi editora de Política do jornal O GLOBO, onde também atuou como repórter. Vencedora de prêmios como o Rey de Espana, o Esso e o Ypis.
Diretoras:
Ana Carolina Moreno é jornalista sênior da TV Globo, onde atua na produção de reportagens produzidas por dados desde 2020. Cobriu educação, saúde, ciência e meio ambiente no G1 durante oito anos. Passou pela Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde. Atualmente também integra o Conselho da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e é co-organizadora do grupo R-Ladies São Paulo.
Basília Rodrigues é jornalista há 16 anos na cobertura de Política e Judiciário. Assina "de Brasília, Basília", mas o nome não tem nada a ver com a cidade ou o primo Basílio. Trata-se de uma homenagem à avó paterna. Atualmente, é analista de política da CNN Brasil. Foi repórter da rádio CBN, já publicou em jornais impressos e sites de notícia. Além de jornalista, dá consultoria e treinamento na área de comunicação. Venceu Troféu Mulher Imprensa, Prêmio Especialistas e o Melhores do Ano do UOL. Pós-graduada em História e Cidadania; graduanda em Direito.
Catarina Barbosa é uma jornalista amazônida e feminista reconhecida pelo trabalho premiado na cobertura de violações de direitos humanos, como os prêmios INEP de Jornalismo e o Vladimir Herzog. A especialização em questões ambientais, conflitos fundiários e direitos das populações tradicionais, junto com a sua ancestralidade, proporciona a ela uma visão singular das dinâmicas socioambientais da região amazônica.
Cecília Olliveira é jornalista investigativa dedicada à cobertura do tráfico de drogas e de armas e à violência. É co-fundadora do Intercept Brasil e diretora do Instituto Fogo Cruzado, organização que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos sobre violência armada. Foi a única finalista latino-americana do Prêmio Repórteres Sem Fronteiras para a Imprensa de 2020, que celebra vozes intrépidas e corajosas na mídia global.
Elvira Lobato tem 50 anos de experiência como repórter, dos quais 39 anos no jornalismo impresso diário. Entrou na Folha de S Paulo em 1984 e, de 1990 a 2011, foi repórter especial no veículo. Autora dos livros Instinto de Repórter e Antenas da Floresta. Atualmente é repórter freelancer.
Gabi Coelho é jornalista, empreendedora e diretora da Abraji. Dedica-se a impulsionar uma comunicação comprometida com a sociedade, através do jornalismo e do ativismo. Tem experiência em mídias independentes e convencionais, como Estadão Verifica, Projeto Comprova, Globo Minas, Voz das Comunidades, Ponte Jornalismo, Revista Azmina e outros. Em 2018, foi uma das oito jornalistas brasileiras das favelas e periferias do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte que participaram do Festival Gabriel García Márquez. Em 2023, foi uma das selecionadas para participar do intercâmbio IVLP nos Estados Unidos, através do Programa Edward R. Murrow para Jornalistas – Pesquisa e Investigação.
Joana Suarez, pernambucana mineira, jornalista há 15 anos, repórter investigativa com focos em direitos humanos, gênero e saúde, gerente de jornalismo da Revista AzMina, podcaster, uma das fundadoras da Cajueira e idealizadora da Redação Virtual.
Juliana Dal Piva, 37 anos, catarinense, é jornalista formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. Atualmente, é repórter do Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (CLIP). É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do Jabuti de 2023.
Sarah Teófilo faz cobertura de política em Brasília pelo site Metrópoles. Já trabalhou nos jornais Correio Braziliense e O Popular (Goiás) e no site R7 Brasília. Atua com ênfase em reportagens especiais.
Conselho fiscal:
Breno Pires, jornalista, recifense, 35 anos, graduado na UFPE, é repórter desde 2008, atualmente, na revista piauí. Dedicado à fiscalização do poder público, revelou o escândalo do orçamento secreto em reportagens pelo Estadão. Trabalhou também no Jornal do Commercio no Recife e no SporTV no Rio de Janeiro, veículo pelo qual foi correspondente no México em 2014. Em 2020, foi pesquisador visitante na Columbia University (Nova York). Ganhou prêmios Petrobrás, Iree, Não Aceito Corrupção e Estadão de jornalismo.
Ivan Satuf é professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Cariri (UFCA), onde lidera o Grupo de Estudos em Processos Jornalísticos e Inovação. Doutor em Ciências da Comunicação, pesquisa jornalismo de dados, plataformizacao e cibercultura. Já trabalhou em veículos como Estado de Minas e Portal Uai.
Thays Lavor, nascida em Roraima e crescida no Ceará, é jornalista e pesquisadora, com atuação na área investigativa e de dados. Além dos veículos locais, já colaborou para diversos meios do Sudeste e também internacionais. Atualmente coordena a área de dados da InfoAmazonia e integra a rede de pessoas associadas da Open Knowledge Brasil. Mestra em jornalismo pela UFC e especialista em ciência de dados pela Esalq/USP.