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Projeto Caravana

Projeto Caravana

O que é o Projeto Caravana?

Lançado em outubro de 2023, o Projeto Caravana, da Abraji, é a primeira atividade da rede nacional de treinamento itinerante da associação. O projeto oferece formações especializadas para organizações de comunicação local, estabelecendo parcerias e promovendo cursos sobre jornalismo e temas da realidade do território.

A iniciativa, financiada pela Fundação Ford, é coordenada pelas jornalistas Nina Weingrill e Thaís Cavalcante com o apoio do Núcleo de Segurança da Abraji, equipe e diretoria. O apoio formativo tem duração de dois anos, e se encerra em junho de 2025.

O desenvolvimento do projeto se deu a partir do aprimoramento de dois projetos anteriores de sucesso, o “Jornalismo e Periferias” e o “Jornalismo Local”, que também buscaram atender às demandas do jornalismo nos territórios. Para esta primeira edição, foram selecionadas dez organizações, espalhadas por diferentes regiões do país. Conheça:

As organizações foram selecionadas a partir de um chamamento público, aberto no segundo semestre de 2023. Além das formações presenciais, o Caravana também oferece encontros formativos online e incentivos financeiros para as iniciativas locais, visando sua sustentabilidade e expansão.

"O projeto tem sido uma oportunidade para que as organizações se aproximem das suas comunidades, entendam de que forma podem servi-las e também como incluí-las no processo jornalístico", afirma Nina Weingrill, coordenadora do Caravana.

Mais de 200 comunicadores e jornalistas formados pelo país

Os encontros presenciais do Projeto Caravana já aconteceram em  sete estados do Brasil e formaram mais de 200 comunicadores, estudantes de jornalismo e jornalistas locais. Os temas de mais interesse e necessidade das organizações foram: Apuração e checagem de informações; Segurança física e digital; Lei de Acesso à Informação, Produção de texto jornalístico e Jornalismo de dados.

Na formação de Corumbá de Goiás realizada pelo Coletivo Magnífica Mundi e a Abraji, Camila Maria, dirigente estadual de comunicação e juventude, afirma: “O coletivo que faço parte sempre teve dificuldade na escrita de textos jornalísticos, na procura de informações nas redes, principalmente, informações de confiança. Hoje, o coletivo consegue desenvolver melhor os textos e buscar informações nas redes. Esse projeto é de extrema importância e deveria ter todo ano, pois ele auxilia muito quem está começando".

Somada às atividades presenciais, os representantes das organizações selecionadas participam de formações online e ao vivo, as organizações recebem apoio financeiro para uso institucional, são associados à Abraji gratuitamente e garantem o suporte e parceria para suas atividades locais, que acontecem naturalmente após o encontro no território.

“No curso, eu pude perceber que o jornalista é um contador de histórias. A gente tem que estar conectado com as pessoas e entender todo um contexto. Estou começando agora na comunicação e espero aprender mais”, conta Jéssica Brandão Shanenawá, estudante indígena, sobre a Formação em Comunicação Popular Indígena do Acre. Ela não está sozinha. Willyane Correia Shanenawá, estudante indígena, afirmou que aprender sobre jornalismo a inspira a continuar no percurso da comunicação.

As últimas formações do ano serão realizadas em Santarém, no Pará; e em Macapá, no Amapá. Juntas, elas têm a previsão de alcançar mais de 60 pessoas, para auxiliar nas práticas em jornalismo investigativo, na construção de um relacionamento mais sólido com a comunidade, estimular a rede de comunicadores e fortalecer o jornalismo local do Norte do país.