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TJ mantém condenação de comerciante e PMs por morte de jornalista

Publicado em 12 de dezembro de 2012, em Folha de S.Paulo.

 

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

 

A 2ª Câmara de Direito do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo manteve a condenação do comerciante e dos três policiais militares acusados de assassinarem o jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, morto em Porto Ferreira (228 km de São Paulo) em maio de 2007.

O comerciante Carlos Alberto da Costa, que apresentou o recurso, e os PMs Paulo César Ronceiro, Edson Luís Ronceiro e Adélcio Carlos Avelino tiveram o pedido negado por unanimidade.

Luiz Carlos Barbon Filho morreu aos 37 anos após ser atingido por dois tiros de espingarda na noite de 5 de maio de 2007, em um bar no bairro Jardim Primavera, em Porto Ferreira.

À época, a mulher do jornalista, Kátia Barbon, afirmou que o marido havia sido ameaçado por meio de cartas e telefonemas.

Barbon escrevia artigos para o "Jornal do Porto" e foi o primeiro a denunciar, em 2003, o caso de vereadores acusados de explorar sexualmente adolescentes na cidade.

Naquele ano, foi finalista do prêmio Esso de Jornalismo, categoria Especial Interior, com a reportagem "Corrupção de menores", publicada no "Jornal Realidade", de Porto Ferreira.

O advogado de Costa, Arlindo Basílio, disse nesta quarta-feira (12) que vai recorrer da decisão.

"Assim que houver a intimação da decisão, apresentaremos um recurso especial e um recurso extraordinário. Existe uma evidente fraude processual nesse processo. Houve troca de provas", afirmou.

Já o advogado Eugênio Malavasi, que defende Avelino, afirmou que também entrará com recurso especial.

Celso Vendramini, advogado de Paulo e Edson Ronceiro --são irmãos--, disse que deve entrar com um pedido de revisão criminal do caso.

"Existem provas novas e o promotor, em outro julgamento, pediu a absolvição de um dos acusados [Valnei Bertoni], que seria inclusive o autor dos disparos contra o Barbon. Se houve a absolvição do autor do crime, os outros não podem ser condenados", afirmou.

Assinatura Abraji