• 24.01
  • 2007
  • 08:28
  • Belisa Figueiró

Suspeitos de seqüestro são presos

Três acusados de envolvimento com o seqüestro do jornalista Guilherme Portanova e seu auxiliar-técnico Alexandre Calado, da Rede Globo, foram presos na terça-feira, dia 23. Segundo a polícia, eles têm ligação direta com a ONG Nova Ordem, que teria relações estreitas com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os detidos estão o ex-policial e ex-presidiário Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG, Simone Barbaresco, funcionária da entidade e mulher de um detento ligado ao PCC, e Anderson Luís de Jesus.

Para a polícia, eles deram apoio logístico ao seqüestro. Uma quarta pessoa também está sendo investigada no caso. A advogada Iracema Vasciaveo, diretora jurídica da Nova Ordem, é acusada de envolvimento com a facção criminosa. Ela foi presa no mesmo dia, mas por porte ilegal de arma.

Portanova e Calado foram capturados no dia 12 de agosto de 2006 quando tomavam café numa padaria próxima à TV Globo, pela manhã. Foram abordados por dois homens armados que os obrigaram a entrar num carro roubado dias antes. Uma motocicleta e um segundo automóvel foram utilizados no seqüestro. O repórter e o assistente foram encapuzados e permaneceram juntos por cerca de 15 horas, antes de serem enviados a locais diferentes.

O assistente foi liberado no final da noite de sábado, perto da sede da emissora. Ele levava consigo um DVD com três minutos de duração. Os seqüestradores condicionaram a libertação do repórter à exibição do vídeo. O manifesto do grupo reivindicava melhores condições carcerárias e o afrouxamento do severo regime prisional em que são mantidos os líderes do PCC. À meia-noite, após consultar entidades especializadas, a Globo decidiu divulgar o vídeo.

Assinatura Abraji