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Suspeitos de envolvimento na morte de jornalista respondem na justiça

Publicado no G1 em 23 de agosto de 2013

O Ministério Público (MP) ofereceu nesta quinta-feira (22) denúncia ao Judiciário de Ipatinga contra os dois homens suspeitos de executarem o jornalista Rodrigo Neto, em 8 de março deste ano.

Alessandro Neves Augusto, o Pitote, e o policial civil Lúcio Lírio Leal irão responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e por tentativa de homicídio contra um amigo de Rodrigo, que estava com o jornalista no dia do crime e também foi alvejado.

O inquérito foi encerrado na terça-feira (13) pela Polícia Civil de Belo Horizonte e os autos, remetidos ao MP, que, obedecendo ao prazo legal, efetuou a denúncia no fim da tarde de quinta-feira. Pela manhã, o documento foi distribuído no fórum de Ipatinga, tanto para a 2ª Vara Criminal, quanto para os respectivos advogados dos suspeitos.

O teor da denúncia não foi divulgado, uma vez que investigações paralelas sobre o caso estão acontecendo sob sigilo. O objetivo do inquérito complementar é tentar apurar a autoria e motivação para o homicídio, respostas que ainda não foram obtidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil.

A denúncia também alterou itens do inquérito policial sobre a participação de Lúcio no crime. O DHPP apontou o policial civil como um dos executores de Rodrigo. Porém, a Promotoria de Justiça entendeu que Lúcio Lírio Leal não “puxou o gatilho”, mas teve participação no homicídio. Ele foi enquadrado no artigo 29 do Código Penal, que trata de quem “de qualquer modo, concorre para o crime”. Entretanto, a pena do policial civil, caso haja condenação, não sofrerá redução.

Sobre a morte de Walgney Carvalho

Contra Alessandro Neves pesa ainda uma outra denúncia pelo assassinato do repórter fotográfico Walgney Carvalho, assassinado a tiros em Coronel Fabriciano em 14 de abril.

Por este crime, Pitote foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio qualificado. A participação de Lúcio neste crime não foi constatada.

Assinatura Abraji