• 29.04
  • 2015
  • 13:26
  • INSI

Sob ameaça: Jornalismo nunca foi mais perigoso, de acordo com novo relatório do INSI sobre a segurança da mídia

O jornalismo nunca foi tão perigoso e os jornalistas nunca se sentiram tão inseguros, segundo as conclusões de um relatório publicado nesta quarta (29.abril.2015) pelo International News Safety Institute.

Sob Ameaça: A Mudança no Estado de Segurança da Mídia fornece, em profundidade, um olhar multimídia sobre as principais alterações no cenário da segurança jornalística durante a última década. Ele faz isso através de mais de 30 entrevistas com jornalistas que trabalham em algum dos lugares mais perigosos do mundo, e executivos de jornais que tomam a difícil decisão de implantá-los.

Essas entrevistas foram complementadas com um levantamento junto a  aproximadamente 200 profissionais da mídia ao redor do mundo, e 10 anos de estatísticas do INSI sobre jornalistas vítimas de violência, revelando os países mais mortais para atuar como profissional de mídia.

“Em 2003, nós publicamos Morrendo para Contar a História, que fez um tributo àqueles jornalistas mortos nos primeiros momentos da guerra do Iraque. Depois de testemunhar assassinatos horríveis como os de nossos colegas da Síria e Iraque, a insegurança na Ucrânia, e a impunidade desenfreada que acompanha as mortes da maioria dos jornalistas, o INSI se sentiu na obrigação de verificar como a segurança da mídia está diferente da década passada”, disse a diretora do INSI Hannah Storm.

“Em uma indústria sob ameaça de tantos lados diferentes, nós queremos saber quais foram as maiores mudanças e desafios, e se alguma coisa permaneceu igual. Os resultados da nossa pesquisa foram significativos e profundamente preocupantes.”

 

O relatório do INSI revela que:

- O jornalismo nunca foi tão perigoso, e os jornalistas nunca se sentiram tão inseguros.

- Grupos terroristas estão usando novas tecnologias para controlar a “informação no campo de batalha”, e declararam guerra contra os jornalistas.

- As fronteiras de lugares como Síria e Iraque têm se tornado obscuras, o que significa que jornalistas não sabem em quem confiar e onde eles podem se manter em segurança.

- De sua parte, executivos de jornais não sabem a quem recorrer para obter informações e ajuda quando repórteres somem ou ficam feridos nos conflitos caóticos de hoje em dia.

- A tecnologia ajuda jornalistas a enviarem mensagens e em algumas situações os mantém mais salvos, mas, ao mesmo tempo, os torna cada vez mais vulneráveis às entidades poderosas que os querem controlar e prejudicar.

- O advento dos conteúdos produzidos por usuários tornou o papel do jornalista indefinido e confundiu tanto a indústria quanto o público em geral.

- A audiência, mais do que nunca, espera ficar instantânea e precisamente informada sobre até mesmo os cantos mais remotos do mundo - levando jornalistas a irem para lugares cada vez mais perigosos.

 

Você pode encontrar mais informações através do site do INSI e Facebook, ou do Twitter com a hashtag #underthreatmedia.

Assinatura Abraji