- 06.07
- 2011
- 13:47
- Jornal Pequeno
São Paulo sedia congresso de jornalismo investigativo
Publicado no “Jornal Pequeno” em 01 de julho de 2011
O 6º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, que teve início ontem (30) na capital paulista e vai até amanhã (2), terá como foco o jornalismo online, mas, por conta da proximidade da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, vai privilegiar debates sobre a cobertura de eventos esportivos no país.
“Temas clássicos já consagrados em outras edições, como reportagem com auxílio do computador, investigação de crime organizado e fundamentos da reportagem, também farão parte da programação”, diz Guilherme Alpendre, gerente executivo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entidade que promove o evento.
Durante três dias, serão mais de cem palestrantes do Brasil e exterior em cerca de 70 mesas, painéis e oficinas de treinamento. O correspondente de O estado de S. Paulo em Paris, Andrei Netto, também vai participar de uma mesa de discussão que pretende abordar as medidas de proteção para jornalistas durante a cobertura de conflitos armados. Em março, Netto ficou oito dias preso quando estava na Líbia cobrindo as rebeliões do mundo árabe.
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, o repórter da sucursal de Brasília Leandro Colon, e a jornalista Claudia Belfort, responsável pela versão para iPad do Estadão, são alguns dos nomes que confirmaram presença no evento.
Homenagem – Hoje (1º), a Abraji vai homenagear o jornalista e professor Rosental Calmon Alves, fundador e atual diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.
Natural do Rio de Janeiro, Calmon Alves é considerado um dos grandes teóricos do jornalismo na web da atualidade. Ele foi o responsável pelo lançamento, no início de 2005, da primeira versão online de um jornal no Brasil.
“Ele é uma das pessoas que mais têm contribuído para o jornalismo em todos os países latino-americanos e é peça-chave para esse novo momento do jornalismo que tem se mostrado um pouco mais colaborativo e menos competitivo”, afirmou Alpendre.
WikiLeaks – O jornalista islandês Kristinn Hrafnsson, considerado o “segundo homem” do grupo WikiLeaks, depois de Julian Assange, também vai participar do congresso.
Hoje, Hrafnsson vai discutir os impactos da iniciativa que tornou públicos dezenas de milhares de documentos diplomáticos de diferentes países do mundo para o jornalismo investigativo.