- 09.01
- 2019
- 09:15
- Natália Silva
Formação
Liberdade de expressão
Roda de conversa do 40º Prêmio Vladimir Herzog está no YouTube
A gravação da 7ª Roda de Conversa promovida pelo 40º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos está disponível no canal do Youtube da Abraji. São cinco vídeos divididos por tema, com duração de até 20 minutos, que compilam os melhores momentos das conversas sobre os bastidores dos trabalhos premiados ou que receberam menção honrosa nesta edição. O vídeo na íntegra também está disponível no canal. A conversa foi mediada por Paulo Oliveira e Angelina Nunes, conselheira da Abraji e coordenadora do programa Tim Lopes.
Em 2018 o prêmio recebeu o segundo maior número de inscrições de sua história, com 402 obras, 40 a menos comparado a 2017. Os trabalhos inscritos são divididos em seis categorias: arte, fotografia, áudio, vídeo, multimídia e texto.
A seleção de vencedores e de menções honrosas foi feita em uma sessão pública, na Câmara Municipal de São Paulo, que contou com a presença de diversos jornalistas, entre eles a secretária-executiva da Abraji, Cristina Zahar.
Violência
Três reportagens vencedoras do Prêmio abordaram o tema violência. Rodrigo Brum, do Jornal Tribuna do Norte, venceu na categoria arte com a charge Marquinha sobre a violência contra a mulher negra.
Mariana Fabre e a equipe da TV Brasil foram premiados na categoria vídeo pelo trabalho Defensores sob Ameaça, sobre os ataques sofridos por defensores de direitos humanos. A história da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018 no Rio de Janeiro, é citada no vídeo.
A reportagem UmaPorUma levou na categoria multimídia. Juliane de Melo e a equipe do NE10 contaram a história das 73 vítimas de feminicídio do Pernambuco, assassinadas entre janeiro e novembro de 2018.
Na categoria áudio, Danyele Soares e a equipe da Rádio Nacional receberam menção honrosa pelo trabalho Mulheres no Cárcere. O fotógrafo Mauro Pimentel e o chargista Gilmar também tiveram menção honrosa por seus trabalhos sobre a violência no Rio de Janeiro: a foto “Guerra na porta de casa” e a charge “Tiro”, respectivamente.
Escravidão
O fotógrafo Albari Rosa venceu na categoria foto com a série Consumidos pela Escravidão, publicada na Gazeta do Povo, sobre as condições de trabalho em uma carvoaria na região de Curitiba (PR). Rosa tem 30 anos de experiência em fotojornalismo e, nos trechos selecionados do vídeo, fala da importância da imagem para o texto e dos desdobramentos da reportagem.
Questões de gênero e LGBTQ
A reportagem A Síndrome do Preconceito sobre HIV e AIDS, da revista Galileu, foi a ganhadora na categoria texto. Nathan Fernandes apontou os erros cometidos pela mídia ao falar do assunto e ressaltou a contribuição de Gabriel Estrela, youtuber e portador do vírus, para reportagem.
Amanda Rossi recebeu menção honrosa na mesma categoria pelo trabalho ‘Monstro, prostituta, bichinha’: como a Justiça condenou a 1ª cirurgia de mudança de sexo do Brasil e sentenciou médico à prisão. Assim como Nathan, Amanda ressaltou os principais equívocos dos veículos ao tratar de temas relacionados à comunidade LGBTQ.
Meio Ambiente
Stefano Wrobleski, do Infoamazônia, levou a menção honrosa na categoria multimídia pela reportagem Explorando o Arco Mineiro, que conta a história do maior projeto de mineração da Venezuela, responsável pela destruição de 110 mil quilômetros quadrados de floresta. O trabalho foi feito em conjunto com o jornal venezuelano Correo del Caroní.
Miséria
A websérie O mapa da fome no Brasil, da TV Record, foi a vencedora na categoria vídeo. Realizada por cinco repórteres e pela editora Fabiana Lopes, presente à Roda de Conversa, visitou municípios com altos índices de fome e desemprego. Os números do IBGE sobre o crescimento da miséria no Brasil são retratados por meio de personagens.