• 07.06
  • 2010
  • 15:13
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Repórteres Sem Fronteiras divulga relatório sobre os riscos na cobertura ambiental

 

A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou relatório denunciando as dificuldades encontradas por profissionais de imprensa que cobrem questões ambientais. De acordo com o documento, lançado no último sábado, 5, o número de casos de violência contra jornalistas vem crescendo e aqueles que investigam poluição industrial ou destruição de florestas estão particularmente expostos.

O relatório, publicado em inglês, francês e espanhol, pontua diversos casos de violações da liberdade de imprensa em coberturas de questões ambientais. Um deles é do brasileiro Lúcio Flávio Pinto, fundador do Jornal Pessoal, de Belém do Pará, que virou alvo de ações judiciais após publicar reportagens sobre o desmatamento na Amazônia.

A organização também cita o caso do documentarista franco-espanhol José Huerta, que foi processado por mostrar os impactos ambientais e sociais de um empreendimento turístico no Ceará.

Segundo o relatório da organização, os jornalistas não encontram dificuldades em cobrir o aquecimento global, mas investigar as causas desse fênomeno, especialmente desmatamento e poluição industrial, continua sendo perigoso. O principal obstáculo para a cobertura independente e de qualidade dessas questões está na cumplicidade entre o setor privado e as autoridades locais.

O documento também cita casos ocorridos na Indonésia, Argentina, El Salvador, Gabão, Índia, Azerbaijão, China e Marrocos.

Este é o segundo relatório que os RSF publicou sobre o assunto. Em setembro de 2009, um relatório intitulado "Os perigos para os jornalistas que denunciam as questões ambientais" olhou para 15 casos de jornalistas e bloggers que foram mortos, atacados, presos, ameaçados ou censurados para cobrir os problemas ambientais na Rússia, Camboja, Bulgária e Brasil. 

 

 

Assinatura Abraji