Repórteres e cinegrafistas são agredidos em protesto em SP

Na tarde desta sexta-feira (24.abr.2015), um grupo agrediu física e verbalmente um câmera do SBT e três profissionais da TV Globo que cobriam a manifestação de professores da rede estadual no Centro de São Paulo. Aproximadamente 70 pessoas cercaram a repórter Michele Barros, da Globo, e o cinegrafista e o produtor que a acompanhavam, gritando "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura". Vestidas de preto e com adesivos da greve dos professores, os agressores foram apontados como black blocs infiltrados no protesto, tanto por manifestantes como pela Polícia Militar.

Os profissionais entraram em um bar na esquina das ruas Vicente de Carvalho com Aurora, para escapar da hostilização. Outros câmeras filmavam a ação e foram alvo de sacos de lixo jogados pelo grupo.

Um câmera do SBT foi atingido na cabeça e revidou. Os agressores o jogaram no chão e o chutaram, destruindo seu equipamento. Segundo informações do Estadão, outros dois câmeras tiveram o equipamento danificado.

Membros da Apeoesp, sindicato dos professores do estado de SP, ajudaram os jornalistas a deixar o local.

A Abraji repudia os atos de agressão e exige que os responsáveis sejam identificados e punidos com severidade. Se a Polícia Militar foi capaz de confirmar a informação de que eram black blocs, deve ser capaz de aplicar-lhes as sanções cabíveis.

Tais grupos precisam compreender que agredir um jornalista e impedi-lo de fazer seu trabalho é uma violência contra eles próprios e à democracia que os permite participar de manifestações.

Diretoria da Abraji, 24 de abril de 2015