• 02.09
  • 2009
  • 10:28
  • Kivia Costa

Rádio de Marília sofre atentado e tem equipamento destruído

A Rádio Diário FM de Marília (SP) sofreu um atentado na noite da
quinta-feira 27 de agosto. Quatro homens, um deles armado, renderam o
segurança e destruíram retransmissores.

O diretor de jornalismo da rádio, José Ursílio, acredita que o crime
aconteceu a mando. O grupo aparentemente tinha conhecimento técnico do
equipamento, pois sabia do perigo da alta tensão do retransmissor com
potência de 10 mil watts. O aparelho foi desligado antes de ser golpeado
diversas vezes, provavelmente com uma machadinha. Um retransmissor reserva
para casos de emergência, com potência menor, também foi atacado. “Nós
acreditamos que esse crime foi feito por uma organização, a mando, pelo fato
de os bandidos saberem como seria o ataque, dispondo inclusive de orientação
técnica”, diz Ursílio.

Depois do atentado, a rádio ficou fora do ar por três horas. “No momento, a
rádio está funcionando com transmissor auxiliar de mil watts e com prejuízos
incalculáveis principalmente por conta de sinais que ficam prejudicados e
que devem afetar nosso faturamento e audiência nos próximos meses”, conta o
diretor.

Um inquérito foi instaurado no 5º Distrito Policial (DP) de Marília e a
Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade esta à frente das
investigações. José Ursílio também protocolou pedido oficial de investigação
do caso na Polícia Federal.

Ainda não se sabe quem foram os autores e, para o diretor, as chances de
encontrá-los são remotas: “apenas acreditamos que é possível identificar o
planejamento do crime pelas características que o envolveu. É mais fácil
identificar os mandantes”, diz.

Reincidência
Esse foi o segundo atentado contra a Rádio Diário FM. Há quatro anos, o
edifício onde ela fica foi invadido e incendiado. Os autores do ataque, já
condenados, eram, segundo a rádio, ligados ao ex-prefeito Abelardo
Camarinha.

Na época, 70% das instalações do jornal e rádio foram destruídos e o
segurança da empresa roubado e agredido. “Esses atentados representam uma
audácia sem precedentes. Além de tentar fechar a rádio, eles foram um golpe
contra a liberdade de imprensa e contra a liberdade do ouvinte de ser
informado”, diz José Ursílio.

Assinatura Abraji