• 04.08
  • 2016
  • 07:32
  • Amanda Ariela

Projeto busca investigar Poder Legislativo municipal no Rio de Janeiro

Um grupo de jornalistas iniciou um projeto para monitorar e divulgar informações sobre vereadores do Rio de Janeiro. O site “E Aí, Vereador?” terá como foco principal a transparência dos gastos públicos.

“As pessoas precisam se perguntar o que os vereadores que tentarão se reeleger fizeram por elas desde 2013. E é isso que queremos mostrar”, diz o criador do projeto,  Vinícius Assis. Ana Carolina Almeida será a coordenadora de dados e redes sociais do projeto, e Nicollas Witzel será responsável pelos vídeos e infográficos.  Além disso, o “E Aí, Vereador?” tem um conselho consultivo formado pelos jornalistas Angelina Nunes, Cristina Tardáguila e Jorge Antônio Barros.

 A partir da experiência na produção de uma série de reportagens sobre Câmaras Municipais para a TV Rio Sul em 2014 e 2015, Assis justifica a escolha: “nem os eleitores acompanham os trabalhos desses políticos, mas vai muito dinheiro para as Câmaras, que às vezes recebem mais recursos das Prefeituras do que algumas secretarias municipais.”

Futuramente, os organizadores pretendem formar uma agência de notícias para publicar, em outros meios, reportagens sobre o Legislativo carioca. “Afinal, a maior parte das redações, cada vez mais vazias, deve conseguir cobrir só o dia a dia das campanhas”, afirma Assis.

As investigações realizadas pelo “E Aí, Vereador?”, segundo Assis, devem ser mais profundas do que aquelas realizadas na cobertura diária de um jornal. “ trabalhando de forma independente, podemos garantir que faremos jornalismo político e não política com jornalismo”, declara.

O projeto será feito sem anúncios e nem patrocínios, para garantir essa característica. Por isso, Assis está organizando um crowdfunding - financiamento coletivo -  para viabilizar o projeto. A meta é conseguir arrecadar R$ 25 mil.   

Em 13 dias, a campanha arrecadou cerca de R$ 1.855. “Jornalismo independente não é uma utopia”, diz Assis sobre a empreitada. “Se der frio na barriga, vamos em frente assim mesmo, só não podemos seguir sem o apoio da sociedade.” 


Assinatura Abraji