• 13.03
  • 2013
  • 12:35
  • Nathalia Carvalho

Profissionais que sabem investigar sempre terão emprego, diz jornalista norte-americano Mark Hunter

Publicado em 11 de março de 2013 no Comunique-se

Não importa se os veículos de comunicação estão apostando em textos mais curtos e rasos. Sempre haverá espaço para boas reportagens investigadas com cuidado e calma. Autor do Global Investigative Journalism Casebook, o americano Mark Hunter participou do 1° Seminário Regional de Jornalismo Investigativo da Abraji e afirmou que o mercado sempre vai valorizar o trabalho bem feito e apurado.

Diante de alunos e profissionais de comunicação, Hunter disse que se o jornalista apurou e escreveu um texto investigativo, sempre irá publicar. "Às vezes, o repórter tenha que esperar um pouco, mas sempre há pessoas interessadas em ler a história dele e os veículos vão publicar", disse. Para ele, contar o que de fato aconteceu garante uma vaga fixa em redação. "Vão te contratar para fazer o que tem que ser feito. Esse jornalista nunca desaparecerá. Basta fazer o que ninguém fez ainda".

Mediado pela editora do caderno `Mercado` da Folha de S.Paulo e diretora da Abraji, Ana Estela de Sousa Pinto, o painel foi o último do seminário. Hunter aproveitou a oportunidade para fazer um balanço dos últimos 10 anos. Segundo a avaliação dele, evoluímos de maneira muito rápida. "É um momento fantástico. Antes não tínhamos essa geração mais jovem de jornalistas e a formação em investigação era uma piada", contou. 

Hunter deixou algumas dicas para quem quer apostar no jornalismo investigativo. Para ele, o brasileiro tem resistência com os métodos, mas é necessário três ferramentas para realizar um bom trabalho: hipótese, cronologia em perspectiva e coleta de material. Organização é, antes de tudo, a principal dica do jornalista.

Assinatura Abraji