• 29.11
  • 2016
  • 09:47
  • Blog JORNALISMO NAS AMÉRICAS - Knight Center

Prazo para a Bolsa Liberdade de Expressão Orlando Sierra da CIDH está terminando

Texto publicado em 21 de novembro de 2016, no Blog Jornalismo nas Américas do Knight Center at University of Texas. Escrito por Teresa Mioli.

A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) convida jornalistas e advogados a se candidatarem à Bolsa ‘Liberdade de Expressão Orlando Sierra’.

A bolsa tem início no dia 15 de fevereiro de 2017 e vai durar 11 meses, em Washington, nos Estados Unidos. Os bolsistas ajudam a Relatoria Especial e monitoram a liberdade de expressão na região.

O prazo para concorrer à bolsa termina no dia 11 de dezembro de 2016.

Os candidatos devem ser cidadãos de um Estado membro da OEA e falar espanhol e inglês. Outros requisitos e a documentação necessária estão disponíveis no site de inscrição.

A bolsa recebeu o nome do jornalista colombiano Orlando Sierra Hernández, ex-diretor-adjunto do jornal diário La Patria em Manizales. Sierra escrevia uma coluna dominical chamada “Punto de Encuentro,” na qual criticava a política e a corrupção.

Ele foi baleado na frente do prédio do jornal no dia 30 de janeiro de 2002 quando chegava para trabalhar com sua filha. Após a morte de Sierra, vários de seus colegas criaram o “Projeto Manizales” para investigar sua morte. Esse projeto foi trazido à tona novamente após o assassinato de Guillermo Bravo em 2005 e as ameaças ao jornalista Germán Hernández em 2007.

O caso de Sierra é o primeiro na Colômbia em que toda a "rede criminosa" de um crime contra um jornalista foi condenada.Em 2015, o ex-deputado e político Ferney Tapasco foi condenado a 36 anos de prisão por ser o mandante do crime. Outros também foram mandados para a prisão por sua atuação no assassinato de Sierra.

A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão estabeleceu a bolsa no nome de Sierra em 2012, “como uma homenagem à coragem exemplar de Orlando Sierra e aos jornalistas que foram assassinados ou que arriscaram suas vidas e sua liberdade para defender o direito da sociedade a ser plenamente informada”, de acordo com o site da Relatoria.

Assinatura Abraji