- 27.01
- 2011
- 09:43
- Centro Knight
Possibilidades e desafios das mídias sociais no jornalismo
por Summer Harlow
O fortalecimento das mídias sociais gerou novas oportunidades, mas também impôs novos desafios aos jornalistas.
O Twitter, por exemplo, já foi o primeiro a divulgar certas notícias, mas também prejudicou a carreira de alguns jornalistas, demitidos por comentários inapropriados. Da mesma forma, mesmo que repórteres usem o Facebook para apurar matérias, o que eles "curtem" ou publicam na rede social pode levantar dúvidas sobre sua ética.
Numa nova série de artigos para o Poynter, Roy Peter Clark escreve sobre sua experiência com o uso do Twitter e do Facebook.
O primeiro texto dá uma dica simples para escrever para as redes sociais: "Curto é bom. Conciso é melhor ainda". O segundo discute a importância de elaborar e revisar o texto, em vez de apenas "despejar" informações.
O artigo mais recente explora o potencial do Facebook e do Twitter para mini-narrativas em série. Como exemplo, Clark cita uma série de tweets de uma repórter do Toronto Star, Joanna Smith, sobre o terremoto no Haiti.
A importância das mídias sociais no futuro do jornalismo ficou evidente na cobertura do terremoto no Haiti e até durante o recente ataque à deputada democrata do Arizona Gabrielle Giffords. Notícias sobre o tiroteio foram postadas e repassadas antes mesmo que se esclarecesse o que realmente havia acontecido, aponta aqui o TucsonCitizen.com. Para Claudette Artwick, professora de jornalismo da Universidade Washington and Lee, no estado americano da Virgínia, o "crescenteimpacto das mídias sociais sobre a maneira pela qual as notícias são apuradas e divulgadas" resultou em um "mistura de fatos, desinformação e opinião que se espalhou rapidamente pela internet".
Encontrar uma maneira de incorporar as mídias sociais ao jornalismo é tão importante porque a internet está tomando da televisão o posto de principal fonte de informação dos americanos. De acordo com um novo estudo do Pew Research Center for People & the Press, 41% das pessoas entrevistadas afirmaram obter notícias nacionais e internacionais principalmente na internet, enquanto 66% preferem a TV. Em 2007, apenas 24% dos entrevistados se informavam pela internet.