• 16.04
  • 2013
  • 08:28
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Polícia identifica suspeitos de matar jornalista e investiga relação com outros 15 homicídios

Publicado em 15 e abril de 2013 no Hoje em Dia

Os dois suspeitos de executarem o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, morto com dois tiros na noite de domingo (14), em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, já foram identificados pela polícia. No entanto, os nomes dos acusados não foram relevados. Na tarde desta segunda-feira (15), a Secretaria de Defesa Social (Seds) informou que o assassinato do fotógrafo pode ter relação com a execução do jornalista Rodrigo Neto, no início de março, e com outros 14 homicídios ocorridos na região do Vale do Aço nos últimos anos.

Desde esta tarde, o chefe do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Wagner Pinto, está na região para comandar as investigações. Além dele, outros quatro delegados, dez investigadores e três escrivães estão trabalhando para solucionar os casos.

O deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, disse que Wasley teria sido assassinado como queima de arquivo, já que recebeu informações sobre a morte de Rodrigo Neto, colega dele no jornal Vale do Aço.

O corpo de Walgney Assis Carvalho, de 43 anos, foi enterrado nesta tarde no cemitério Senhor do Bonfim, em Coronel Fabriciano. Ele estava no bar Pesque Pague, no bairro São Vicente, quando foi atingido por tiros na cabeça e na axila. O autor dos tiros chegou no local em uma moto e usava capuz no momento do crime. Após disparar contra o fotógrafo, o suspeito fugiu com um comparsa em uma moto NX preta.

A vítima era divorciada e tinha uma filha. Ele também prestava serviço para a Polícia Civil. O subscretário de Integração, Daniel Malard, está na região para acompanhar os desdobramentos das investigações em Ipatinga. 

Outra morte suspeita

O jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros, no dia 8 de março, quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.

Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e ainda não foram localizados ou identificados.

Assinatura Abraji