• 20.03
  • 2013
  • 09:04
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Polícia Federal poderá ajudar na investigação de assassinato de jornalista em MG

Na tarde de ontem (19.mar.2013) a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, disse que pedirá a participação da Polícia Federal na investigação da execução do jornalista Rodrigo Neto de Faria. Maria do Rosário esteve em Ipatinga (Vale do Aço de Minas Gerais) para uma audiência pública com o delegado responsável pelo caso, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

Segundo o portal G1, a ministra decidiu solicitar a atuação da Polícia Federal no caso "por achar que a execução tem características que ferem a Constituição. Portanto, é um crime federal". O pedido foi reforçado pelo presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Coelho, que disse que se reunirá neste mês com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para estudar a possibilidade de a PF ajudar nas apurações.

Pela primeira vez desde que assumiu as investigações em 12 de março, o delegado Emerson Morais, titular do Departamento de Homicídios de Belo Horizonte, falou sobre o caso, mas não deu muitos detalhes. De acordo com informações do Jornal Vale do Aço, Morais disse que as linhas de investigação estão em fase embrionária e estão sendo feitas "sem atropelos".

O ouvidor das polícias de Minas Gerias, Rodrigo Xavier da Silva, diz não descartar o envolvimento de policiais no assassinato de Rodrigo Neto.

Federalização de crimes contra jornalistas

Desde 2011, tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei que determina a federalização de crimes contra jornalistas (PL 1078/2011). Apresentado pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), o texto transfere para a Polícia Federal a competência de investigar crimes contra profissionais da imprensa quando a apuração das autoridades locais levar mais de 90 dias para ser concluída.

Com informações do Jornal Vale do Aço (Janete Anraújo) e G1 (Patrícia Belo)

 

Assinatura Abraji