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“O mundo ficou bem pior sem Santiago Ilídio Andrade”

Publicado em 28 de julho de 2014 em Comunique-se

Além de ter o colunista Elio Gaspari como grande homenageado, o 9° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo relembrou o trabalho de Santiago Andrade, cinegrafista da Band que morreu em 10 de fevereiro deste ano, quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão arremessado durante um protesto no Rio de Janeiro. O tributo contou com presença de diretores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e de Vanessa Andrade, jornalista e filha do repórter cinematográfico.

Assessora de imprensa da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Vanessa não conteve a emoção ao participar do evento realizado na última quinta-feira, 24, no auditório do campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, zona sul da capital paulista. A jornalista afirmou que a ausência da figura de Santiago como colega de profissão é sentida no dia a dia, mas que sente ainda mais saudades do Santiago pai. “Ele faz muita falta”, contou. “Vou continuar lutando”, garantiu ao se referir ao futuro da sua família.

Ex-presidente da Abraji, Marcelo Moreira, da TV Globo, fez questão de enfatizar que crimes contra profissionais da imprensa não podem acabar em impunidade. No caso de Santiago, ele lembrou que os dois acusados pelo assassinato estão presos. “Esperamos que nenhuma morte de jornalista seja em vão”. Responsável por presidir a entidade na atualidade, José Roberto de Toledo, do Estadão e da Rede TV, enfatizou que a morte de Tim Lopes, em 2002, foi o estopim para o surgimento da associação que batalha pela segurança dos colegas e pela liberdade de expressão.

“Valeu, Santi”

O tributo a Santiago Andrade contou com a exibição de vídeo [não divulgado] produzido pela equipe da TV Bandeirantes no Rio de Janeiro, emissora em que o cinegrafista trabalhou por mais de uma década. Com produtores, editores e outros colaboradores da Band repetindo a mensagem “Valeu, Santi”, destaca-se o depoimento de um dos repórteres da casa falando da ação de grupos de manifestantes que diziam querer mudar o mundo. “Conseguiram”, enfatizou. “O mundo ficou bem pior sem Santiago Ilídio Andrade”.

Assinatura Abraji