- 07.05
- 2007
- 13:41
- Diretoria da Abraji
Nota oficial
Abraji repudia assassinato de jornalista e alerta para atentado à liberdade de imprensa
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia o assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, 37 anos, de Porto Ferreira (SP), e alerta para os riscos à liberdade de imprensa que o crime representa. Barbon Filho foi executado com dois disparos a queima-roupa na noite de sábado, em um bar próximo à rodoviária da cidade. O jornalista havia produzido reportagens, em 2003, sobre um grupo de políticos e empresários locais envolvidos em aliciamento de menores. Segundo sua mulher, Barbon Filho recebera ameaças por cartas e telefonemas. De acordo com o delegado Eduardo Campos, Barbon Filho tinha vários desafetos, incluindo autoridades, por sua atuação como repórter. A Abraji se solidariza com a família do jornalista.
Além do crime bárbaro cometido contra Barbon Filho, a execução é um atentado à liberdade de imprensa. O fato de ter sido realizada em local público, de modo premeditado e com extrema violência revela uma tentativa clara de intimidação da imprensa e de impedi-la de cumprir sua obrigação de relatar fatos à sociedade. Exige-se do poder público uma atuação exemplar, com rápida e criteriosa investigação, a fim de que os autores materiais e intelectuais do crime não fiquem impunes. Omitir-se nesse caso é um estímulo à repetição de crimes como esse.
Diretoria da Abraji
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Abraji repudiates the assassination of journalist, calling it a serious attack on free expression
The Brazilian Association for Investigative Journalism (Abraji) repudiates the assassination of journalist Luiz Carlos Barbon Filho, 37, of Porto Ferreira,
In addition to the barbaric crime committed against Barbon Filho, the execution is an attack against freedom of expression. The fact the crime was committed in a public place in a premedidated manner and with extreme violence reveals the clear attempt to intimidate the press and to prevent it from fulfilling its obligation to report the facts to society. We demand from the public authorities an exemplary response, including a quick and careful investigation, so that those who planned and carried out this crime do not go unpunished. Failure to act in this case will invite the repetition of other crimes of this nature.
Abraji