• 13.06
  • 2012
  • 15:16
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Lourival Sant’Anna fala sobre o jornalismo investigativo multiplataforma

Jacqueline Patrocinio

 

Para falar sobre a cobertura multimídia da "Primavera Árabe" no ano passado, o repórter Lourival Sant´Anna, do Estadão, participa do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela  Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Durante os mais de 20 anos de trabalho, Sant´Anna teve que se adaptar às novas tecnologias. “Deixo de cobrir só para o jornal e faço vídeos [para o site] e colunas no rádio”, conta. O repórter, que já fazia vídeos desde o surgimento da webtv, agora também edita as imagens com a ajuda da equipe da "TV Estadão". O material que produz é para a internet são imagens exclusivas de lugares onde era o único jornalista presente. “O pessoal da "TV Estadão" me dá dicas de som e imagem, mas o aprendizado continua”, diz. 

O processo de apuração é diferente de acordo com a plataforma em que o conteúdo será exibido. Durante a cobertura do conflito armado na Síria, Sant´Anna gravou as entrevistas e demais cenas necessárias para a matéria. Ele só escreve a reportagem após assistir todos os vídeos. 

Sant´Anna  afirma que a quantidade de mídias não atrapalha o jornal e enriquece o conteúdo. A repercussão do seu trabalho aumentou e com a cobertura pelas redes sociais alcança audiência bem maior do que apenas no impresso. Esta visibilidade também trouxe aspectos negativos, como a facilidade para atuação de censores do Governo do Irã e da Síria. O jornalista chegou a ser advertido pelas forças governamentais da Síria de que seu trabalho incomodava.


Assinatura Abraji