Jornalismo sem Trégua entrevista Genilson Araújo: o Rio visto do alto
  • 28.08
  • 2024
  • 15:25
  • Isadora Ferreira

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Jornalismo sem Trégua entrevista Genilson Araújo: o Rio visto do alto

"Você está falando para milhares de pessoas que estão saindo de suas casas, indo trabalhar e precisam de informação sobre o trânsito. Milhares de pessoas precisam saber se os trens estão funcionando, se o metrô vai bem, se o BRT está bom, se a BR está legal. É muito legal saber que o seu trabalho vai atuar diretamente com o leitor, telespectador, ouvinte ou internauta. Isso é muito bacana. Eu gosto muito disso", diz Genilson Araújo sobre sua atuação como repórter aéreo no programa Bom Dia Rio, da TV Globo.

Genilson Araújo, repórter aéreo com mais de três décadas de experiência, foi o convidado da live de agosto do Jornalismo sem Trégua, transmitida ao vivo pelo Instagram da Abraji na última terça-feira (27 de agosto). Sob a mediação de Angelina Nunes, coordenadora do Programa Tim Lopes, o bate-papo explorou os desafios das coberturas jornalísticas aéreas. O repórter acompanhou de perto grandes mudanças urbanas no Rio de Janeiro, como a construção da Linha Vermelha, Linha Amarela, o Parque Olímpico e as reformas do Maracanã. Ele também cobriu eventos emblemáticos, como o ataque à escola Tasso da Silveira e os deslizamentos no Morro do Bumba e no Morro dos Prazeres.

Genilson Araújo inicou a carreira em 1988 no rádio, passando por emissoras como CBN, Rádio Globo, JB AM e Tropical FM, além de sua atuação por 25 anos na Universidade Estácio de Sá. Embora tenha começado sua trajetória no jornalismo com o desejo de se tornar fotojornalista, sua jornada tomou diversos rumos antes de alcançar esse objetivo. "A primeira porta que se abriu não foi para ser repórter fotográfico. Ela se abriu com um estágio numa emissora de rádio, a Tropical FM. Foi quando eu tive o primeiro contato com o microfone; eu era realmente muito ‘verdinho’. Eu só tinha experiência na rádio-laboratório da faculdade", relembra Genilson.

Hoje, após mais de 30 anos de atuação em várias frentes, Genilson finalmente conquistou o desejo de se tornar, além de repórter aéreo, um repórter fotográfico. No entanto, ele brinca que, ao sobrevoar a cidade do Rio de Janeiro, antes de clicar com sua câmera, verifica se não há colegas fotojornalistas registrando o mesmo momento, em sinal de respeito pelo trabalho dos colegas.

Ele também relembrou com carinho momentos que viveu no começo da carreira: "Foi interessante porque era um trabalho bem temático. Era sobre o Carnaval, na rádio. Fazer a cobertura de Carnaval no período pré-carnavalesco e no período carnavalesco. Eu ia muito a ensaios na escola de samba. Agora, tem imagem [nas rádios], tem câmera no estúdio, mas naquela época não tinha, então você tinha que descrever aquilo. E o rádio acaba te dando uma cancha para isso, para desenvolver o seu vocabulário, para desenrolar o negócio, né? Eu me lembro, foi muito engraçado, da primeira vez que eu peguei o microfone para entrar no ar, estava todo nervoso."

Assista na íntegra a essa conversa imperdível nos links: parte 1 e parte 2. Fique atento às redes sociais da Abraji para mais informações.

Créditos da imagem de capa

Foto tirada por Genilson Araújo / Reprodução: Flickr/Mílton Jung

Arte: Abraji

Outras lives do Jornalismo sem Trégua:

Sérgio Ramalho, repórter e autor de “Decaído”

Na primeira live do Jornalismo sem Trégua 2024, Angelina Nunes entrevistou o repórter Sérgio Ramalho, que compartilhou sua experiência em coberturas sobre as milícias no Rio de Janeiro. Ramalho destacou a importância da disciplina na apuração de matéria de profundidade e de cuidados com a segurança pessoal, incluindo estratégias de armazenamento seguro de dados e uso de ferramentas no processo de apuração. A transmissão ressaltou a necessidade de planejamento nas reportagens, compartilhamento de informações com colegas e adoção de medidas preventivas para proteção. Assista a live com Sérgio Ramalho neste link.

Marta Alencar, jornalista e fundadora da COAR

A segunda live do Jornalismo Sem Trégua, apresentada pelo Programa Tim Lopes da Abraji, recebeu Marta Alencar, jornalista e especialista em combate à desinformação. Durante a live, Marta discutiu estratégias para verificar a veracidade das informações, destacando a importância de observar termos sensacionalistas, verificar erros ortográficos, checar a origem e a atualidade da informação, além de utilizar práticas de verificação. Ela também incentivou jornalistas a empreenderem projetos de jornalismo, enfatizando a importância do conhecimento, da criatividade e da persistência para oferecer informações de qualidade. A entrevista, conduzida por Angelina Nunes, coordenadora do Programa Tim Lopes, está disponível neste link.

Regina Eleutério, psicoterapeuta e jornalista

Na live de abril do Jornalismo Sem Trégua, Regina Eleutério, psicoterapeuta e jornalista com mais de 30 anos de experiência, foi a convidada especial. O bate-papo, mediado por Angelina Nunes, coordenadora do Programa Tim Lopes, abordou a saúde mental na profissão, destacando a importância do equilíbrio emocional e os desafios específicos enfrentados pelos profissionais da imprensa. A transmissão aconteceu no dia 30 de abril às 19h. Assista à live com Regina Eleutério neste link.

Rafaela Sinderski, jornalista e doutoranda em Ciência Política

Na live de junho do Jornalismo Sem Trégua, Rafaela Sinderski, jornalista, mestre em Comunicação e doutoranda em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi a entrevistada. O bate-papo, mediado por Angelina Nunes, do Programa Tim Lopes, abordou os desafios do jornalismo na Amazônia, destacando o processo de elaboração do relatório produzido pela Abraji em parceria com a FLIP (Fundação para a Liberdade de Imprensa). A transmissão aconteceu no dia 4 de junho às 19h e pode ser acessada neste link.

Valéria Oliveira, jornalista e especialista em hard news

Valéria Oliveira, jornalista roraimense com vasta experiência em hard news no G1 Roraima, foi a convidada na live de junho do Jornalismo Sem Trégua. Ela cobre pautas ambientais na Amazônia, como o garimpo em terras indígenas, especialmente na Terra Yanomami e Raposa Serra do Sol, além da crise migratória venezuelana, política e eleições na região. A conversa, mediada por Angelina Nunes, do Programa Tim Lopes, abordou os desafios do jornalismo na Amazônia e o papel do jornalismo investigativo na região. A transmissão aconteceu no dia 25 de julho e pode ser acessada neste link.

Guillermo Planel, jornalista e documentarista

Guillermo Planel, jornalista uruguaio e documentarista, foi o convidado na live de julho do Jornalismo Sem Trégua. Ele discutiu a influência das cascatas e das fake news no jornalismo atual, abordando a transição desses fenômenos no jornalismo popular. Conhecido por sua trilogia Abaixando a Máquina, Planel explorou a cobertura de crimes e tragédias no Brasil e destacou a importância do compromisso com a verdade em tempos de desinformação. A conversa foi mediada por Angelina Nunes, coordenadora do Programa Tim Lopes. A transmissão aconteceu no dia 31 de julho. Acesse a íntegra da entrevista neste link.

Assinatura Abraji