• 16.08
  • 2007
  • 15:35
  • Mariana Baccarin

Ex-prefeito é condenado por morte de radialista

Eurico Mariano, ex-prefeito de Coronel Sapucaia (MS), foi condenado a 17 anos e 9 meses de prisão como mandante do assassinato de Samuel Roman, radialista executado a tiros em abril de 2004. Em seu depoimento dado durante o julgamento, Mariano disse ser inocente e atribuiu a acusação aos adversários políticos. Apesar de ter uma longa lista de processos na Justiça: crime contra patrimônio, homicídio, crime contra a administração pública e falsidade ideológica.

 

Pela terceira vez, a defesa do ex-prefeito fez pedido de anulação do julgamento, que será avaliado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. Mariano poderá aguardar a decisão do recurso em liberdade, pois tem residência fixa e compareceu a todos os tramites do processo.

 

Outras datas do julgamento foram adiadas pela polêmica da fita entre defesa e acusação. Nela estão gravadas declarações de um dos co-réus, Cleiton Andrade Segóvia, confirmando que o ex-prefeito de fato encomendou o crime. O advogado de Mariano, Ricardo Trad, alega que a anexação da fita foi feita fora do prazo. Segundo ele, a gravação realizada pela polícia durante o inquérito policial não havia sido anexada no inquérito quando relatado.

 

Coronel Sapucaia faz fronteira com o Paraguai, o que explica a maioria paraguaia dos denunciados pelo crime. Dos 10 acusados, quatro foram assassinados e os outros estão foragidos, com exceção do ex-prefeito. O radialista assassinado fazia denúncias contra ele.

 

Todos os jurados concordaram com a tese do Ministério Público. A sessão do julgamento foi presidida pelo juiz de Direito César de Souza Lima e durou mais de 12 horas.

Assinatura Abraji