Evento discute liberdade de imprensa no Brasil com a presença de Cármen Lúcia
  • 07.05
  • 2024
  • 21:41
  • Laura Toyama

Formação

Liberdade de expressão

Evento discute liberdade de imprensa no Brasil com a presença de Cármen Lúcia

Em celebração ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo organizou o evento “Liberdade de Imprensa no Brasil: Da Constituição à Realidade”, em parceria com a ESPM e a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos. O encontro reuniu jornalistas para tratar do tema e contou com a presença da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.

A apresentação da ministra foi mediada por Katia Brembatti, presidente da Abraji, e Mônica Galvão, sócia-fundadora do Instituto Tornavoz. Na posição de juíza, Carmen Lúcia iniciou seu discurso, que dividiu em três eixos principais: informação e democracia; informação e liberdade  de imprensa; liberdade de imprensa e cidadania. “A democracia é um direito fundamental de todos”, declarou “é no espaço democrático onde todas as liberdades podem ser expressas”. 

Ela também estabeleceu, em sua fala, uma ligação entre a liberdade, garantida constitucionalmente a cada um, e o combate à desinformação, que considera um impeditivo para o exercício da cidadania. “A liberdade de informar e ser informado é um direito fundamental”, concluiu a ministra, salientando que trata-se de um direito individual e coletivo.

O encontro, que aconteceu na manhã da última terça-feira (7.mai.2024), também foi composto por outras duas mesas de debate:  a apresentação dos resultados do Monitor de Assédio Judicial, da Abraji, e uma conversa sobre desinformação e Inteligência Artificial nas eleições. Todos os painéis foram transmitidos no Youtube e podem ser acessados através deste link.

No segundo bloco de discussões, a coordenadora Jurídica da Abraji, Letícia Kleim, apresentou os resultados do Monitor de Assédio Judicial, lançado recentemente pela Abraji. Ela explicou a importância do projeto para a organização, que considera o assédio judicial uma forma de “erosão democrática”. Após a exposição dos dados, a discussão sobre assédio judicial e segurança de profissionais da imprensa foi enriquecida por falas da jornalista Cristina Zahar, coordenadora do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) para a América Latina. Zahar relatou alguns casos extremos de violência contra jornalistas ao redor do mundo.

No fechamento do evento, para a mesa “Desinformação e Inteligência Artificial: os desafios da cobertura eleitoral” foram convidados os jornalistas Paulo Talarico, diretor de treinamento e dados na Agência Mural de Jornalismo das Periferia, Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha de S.Paulo, e Sérgio Lütdke, editor do projeto Comprova. A discussão abordou desde a regulação das plataformas, apontada por Campos Mello como um desfalque em mais uma eleição, a participação de jovens no debate político, defendido por Talarico, e a Inteligência Artificial, apontada por Lüdtke como um grande ponto de atenção nas eleições. A mediação dessa mesa foi feita pelo jornalista e professor da ESPM Antônio Rocha Filho.

A Abraji está com inscrições abertas para o curso gratuito de verificação e checagem de fatos nas eleições municipais com ênfase em Inteligência Artificial. Saiba mais através deste link e inscreva-se.

Assinatura Abraji