- 08.08
- 2007
- 14:11
- Mariana Baccarin
Estagiário de jornalismo é preso em Rondônia
Silva e Costa chegaram num carro oficial da Câmara e pediram as credenciais do jornalista. Segundo Mota, eles exigiram que entregasse seu material de trabalho e fizeram uma ameaça: “Se a matéria for publicada as coisas não vão ficar bem”. De acordo com o jornalista, quando a polícia chegou ao local, Costa pediu ele fosse algemado. Os policiais negaram a ação e todos foram para a delegacia de Jaru.
Das 12h às 18h, Mota ficou detido, esperando que fosse identificado. Ele disse ter insistido para que os policiais ligassem para a redação onde trabalha, mas não foi ouvido. O delegado foi chamado por telefone para resolver o caso, mas não apareceu e deu ordens para não liberar Mota e apreender seu material. Só após uma ligação para a delegacia de Ouro Preto, onde mora o jornalista, é que ele foi identificado e liberado. As duas máquinas fotográficas digitais dele estão apreendidas para perícia.
Costa afirmou que ele e Silva estavam passando por acaso pelo local, quando viram pessoas aglomeradas. Disse que se aproximou e o jornalista “estava fazendo um discurso lá, sei lá, se é candidato a alguma coisa. Disse que era funcionário do governo, que ia resolver os pobrema das casinha (sic)”.
Silva foi procurado, mas não foi encontrado. Segundo o secretário, “ele (Silva) trabalha no horário comercial, sábado e domingo, visitando o povo”.
Segundo Mota, as 97 casas foram invadidas. O projeto, que teve início há dois anos, está parado há 18 meses por falta de verba. A iniciativa foi orçada e aprovada em R$ 3 milhões pelo governo federal e a Caixa Econômica Federal.
