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Em congresso da Abraji, João Paulo Charleaux fala sobre cobertura em áreas de conflito armado
Publicado em 19 de junho de 2012, no Comunique-se.
Jacqueline Patrocinio
Para fazer um panorama dos direitos humanos no cenário atual, o coordenador de comunicação da Conectas Direitos Humanos, João Paulo Charleaux, estará presente no 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A Conectas trabalha com efetivação e manutenção dos direitos humanos e do estado democrático e tem caráter consultivo na ONU. Na mesa “Medidas de proteção para jornalistas em coberturas de conflito armado”, Charleaux pretende provocar o debate em torno da questão, trocar experiências e ideias de reduzir os riscos. Ele antecipa um dos assuntos que vai tratar: a diferença entre diretos humanos e humanitários. “Em conflitos armados, matar o inimigo é legalmente aceitável, de acordo com o Direito Humanitário”, explica.
Charleaux trabalhou na Comissão Internacional da Cruz Vermelha por sete anos, atuou para a difusão de normas humanitárias no Haiti, foi repórter do Estado de S.Paulo e é coordenador pedagógico do Projeto Repórter do Futuro. Afirmando não se tratar de um caso isolado, recorda a situação do jornalista Andrei Netto, capturado e preso na Líbia por oito dias.
Em conflitos armados a possibilidade de circulação do repórter é restringido. Qualquer informação sobre a guerra tem utilidade militar e pode deixar o inimigo a par da situação da tropa, conscientemente ou não.
Para falar sobre o correspondente de guerra, Charleaux faz um histórico e lembra que na Conferência de Genebra, quando o repórter se unia às forças armadas de seu país e era tratado como parte do exército.
Promovido pela Abraji, o congresso acontecerá entre de 12 a 14 de julho, na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Última atualização em 19 Junho 2012