- 08.07
- 2024
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Domingo de Dados tem recorde de atrações e mira em eleições e uso de IA
O 6º Domingo de Dados da Abraji, evento adicional ao 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, acontecerá no dia 14 de julho de 2024, no campus Álvaro Alvim da ESPM-SP. Este ano, o evento se destaca por ter o maior número de atividades de sua história, com um total de 33 horários destinados a treinamentos e debates, refletindo o crescente interesse e relevância do jornalismo de dados no cenário atual.
As atividades estão divididas em grandes temas que abrangem desde ferramentas prontas para investigação de dados, análise de dados abertos, acesso a APIs, criação de modelos estatísticos, até o uso de scripts de programação para coletar, processar e analisar dados disponíveis na internet. Técnicas de georreferenciamento, visualização de dados, e a aplicação de Inteligência Artificial Generativa e Large Language Models (LLMs) também serão abordadas, mostrando como o jornalismo de dados pode ser utilizado tanto em redações quanto no trabalho freelancer.
“A origem do jornalismo de dados está no que foi chamado de jornalismo de precisão ou reportagem com o auxílio de computador (RAC). Este ramo das investigações jornalísticas baseia-se no método científico, utilizando técnicas de investigação baseadas em evidências para comprovar ou descartar hipóteses e identificar cenários e tendências de comportamento. Isso permite que os repórteres produzam reportagens mais precisas e impactantes”, afirma Reinaldo Chaves, coordenador de projetos na Abraji.
Os participantes terão a oportunidade de aprender o básico de linguagens de programação como R e Python, essenciais para destrinchar planilhas complexas e promover a automação de tarefas nas redações. Além disso, aqueles que já possuem conhecimento na área poderão obter dicas avançadas de análise de dados e jornalismo com profissionais experientes do Brasil e do exterior.
As atividades serão divididas em três níveis de complexidade: Iniciante, Intermediário e Avançado. Entre as sessões destinadas a iniciantes, destacam-se "Dados humanos: a nova fronteira do jornalismo na defesa dos direitos humanos", com Jenifer Mendonça, Juliana Mori e Vitória Régia da Silva, e "Visualização de dados com Flourish", conduzida por Graziela França. Esses workshops fornecerão uma introdução abrangente às técnicas e ferramentas essenciais para jornalistas que estão começando na área de dados.
A atividade "Introdução ao jornalismo de dados para jornalistas freelancers e de pequenas redações" é especialmente desenhada para aqueles que estão começando no campo do jornalismo de dados ou trabalham em ambientes com recursos limitados. Esta oficina, ministrada por Bianca Muniz, da Agência Pública, e Rodrigo Menegat, da Deutsche Welle, visa equipar jornalistas freelancers e de pequenas redações com as ferramentas e conhecimentos essenciais para integrar a análise de dados em suas rotinas de trabalho.
E para o nível intermediário, por exemplo, se destaca "Geolocalização: quais dados podemos usar para restringir um local de pesquisa?". É uma sessão dedicada a ensinar técnicas e métodos para utilizar dados geoespaciais na investigação jornalística. Esta oficina é essencial para jornalistas que desejam aprimorar suas habilidades em geolocalização, uma ferramenta poderosa para investigar e narrar histórias com uma dimensão espacial.
Durante a sessão, Aiganysh Aidarbekova e Youri van der Weide, do Bellingcat, vão mostrar aos participantes como utilizar diferentes tipos de dados geoespaciais para restringir e especificar áreas de pesquisa. Isso inclui a utilização de dados de satélite, coordenadas GPS, registros de localização de dispositivos móveis, mapas interativos e dados de sensores. Esses dados permitem aos jornalistas identificar padrões, comportamentos e eventos que ocorrem em locais específicos, facilitando a visualização e análise das informações coletadas.
Além disso, a oficina abordará a integração de dados geoespaciais com outras fontes de dados, como registros públicos, dados de redes sociais e informações de sensores ambientais. Esta integração é decisiva para construir uma narrativa mais completa e precisa, permitindo que os jornalistas cruzem informações de várias fontes para confirmar fatos e descobrir novas pistas.
Eleições 2024
Um dos focos principais desta edição do Domingo de Dados será a cobertura das Eleições locais do Brasil neste ano. Serão apresentadas e discutidas ferramentas, técnicas e bases de dados que podem ajudar na investigação e cobertura eleitoral, fornecendo aos jornalistas as habilidades necessárias para abordar esse importante evento político com profundidade e precisão.
Uma das sessões destacadas é "Introdução à programação em R com dados eleitorais", em que Geovana Batista, Cecília do Lago e Ana Carolina Moreno ensinarão os participantes a utilizar a linguagem R para captar e analisar dados eleitorais. Este treinamento é essencial para jornalistas que desejam aprofundar suas habilidades técnicas e fornecer uma cobertura eleitoral baseada em dados sólidos e verificáveis. A linguagem R é amplamente utilizada na análise de dados devido a sua capacidade de manipular grandes conjuntos de dados e realizar análises estatísticas complexas, tornando-se uma ferramenta indispensável para jornalistas de dados.
A oficina "Como o Python pode salvar sua cobertura nas eleições" ministrada por Danielle Costa e Marina Monteiro, será dividida em duas partes, abordando desde os fundamentos básicos do Python até a análise detalhada de dados eleitorais do Repositório de Dados Abertos do TSE. Os participantes aprenderão a limpar e resolver problemas nas bases de dados eleitorais, o que é determinante para identificar padrões e tendências que podem ser decisivos na cobertura das eleições. Python, sendo uma linguagem de programação versátil e fácil de aprender, permite a automação de processos repetitivos e a criação de scripts personalizados para análise de dados, o que pode aumentar a eficiência do trabalho jornalístico durante o período eleitoral.
Essas atividades são projetadas para equipar os jornalistas com as habilidades técnicas necessárias para enfrentar os desafios da cobertura eleitoral moderna. Além das sessões práticas com R e Python, os participantes terão acesso a ferramentas, técnicas e bases de dados que ajudarão na investigação e cobertura das eleições locais. A capacidade de manipular e analisar grandes volumes de dados eleitorais permite aos jornalistas descobrir informações ocultas, identificar tendências e fornecer ao público reportagens mais detalhadas e precisas. Ao capacitar os jornalistas com essas habilidades, o 6º Domingo de Dados da Abraji contribui para um jornalismo mais robusto e informado.
Outro destaque é a sessão "Mapas Eleitorais com R", ministrada por Cecília do Lago, Cedric Antunes, Lucas Gelape e Marco Antonio Faganello. Esta oficina tem como objetivo ensinar os participantes a trabalhar com dados espaciais no R, utilizando informações eleitorais para criar mapas que mostram padrões de votação em diferentes regiões. Com a proximidade das eleições municipais, esta habilidade é especialmente relevante, permitindo que os jornalistas visualizem e analisem os resultados eleitorais de maneira mais intuitiva e acessível. Os mapas eleitorais podem revelar tendências geográficas de votação, facilitando a compreensão das dinâmicas eleitorais locais.
Adicionalmente, a sessão "Google Trends para cobertura eleitoral", apresentada por Gabriela Caesar, oferece uma abordagem prática para utilizar o Google Trends na análise das buscas dos eleitores. Com esta ferramenta, os jornalistas podem acompanhar como o interesse dos eleitores se manifesta ao longo do tempo, identificar os temas mais pesquisados e entender melhor o comportamento dos eleitores. A análise de dados de busca pode complementar a cobertura jornalística, fornecendo insights valiosos sobre as preocupações e interesses do eleitorado durante a campanha eleitoral.
A oficina "Empresas e políticos nas Eleições 2024: use os projetos da Abraji em seu trabalho", ministrada por Lucas Maia e Reinaldo Chaves, é outra atividade essencial no contexto das eleições. Esta sessão ensinará os participantes a replicar estratégias de reportagens que utilizam o CruzaGrafos em conjunto com outros métodos e ferramentas para investigar gastos públicos e relações de poder suspeitas. A ferramenta CruzaGrafos, criada pela Abraji e Brasil.IO, permite identificar possíveis casos de corrupção, em que governos compram bens e serviços de empresas ligadas aos próprios gestores públicos. Além de apresentar a ferramenta, os instrutores ensinarão a criar pequenos scripts em Python para automatizar buscas em portais de transparência de estados e municípios, tornando o processo de investigação mais eficiente e abrangente.
IA de várias maneiras
A Inteligência Artificial (IA) será outro tema central do Domingo de Dados, abordada de maneira crítica e exploratória. Serão discutidos os problemas da IA: alucinação, baixa qualidade de modelos de linguagem, viés, problemas éticos e a necessidade de checagem constante. Por outro lado, serão exploradas as possibilidades de uso da IA para ajudar jornalistas em tarefas diárias de edição e pesquisa de informação, processamento de grandes quantidades de dados e imagens, utilizando tanto ferramentas simples quanto linguagens de programação.
O treinamento "IA generativa: além do texto para jornalistas" é uma das atividades mais inovadoras e relevantes no 6º Domingo de Dados da Abraji, especialmente na era atual, quando a Inteligência Artificial (IA) está transformando diversos campos, incluindo o jornalismo. Ministrado por Nikita Roy, cientista de dados, jornalista e futurista de IA, reconhecida por seu trabalho no Centro Internacional para Jornalistas, este treinamento oferece uma oportunidade valiosa para os participantes explorarem as potencialidades da IA generativa além dos modelos baseados em texto.
Nikita Roy trará uma visão aprofundada sobre como as ferramentas de IA podem ser aplicadas para gerar e manipular não apenas textos, mas também imagens e vídeos. Os jornalistas aprenderão a utilizar ferramentas de IA que lhes permitirão executar modelos localmente em seus computadores, proporcionando maior flexibilidade e controle sobre o processo de criação. Este aspecto é fundamental, pois muitas redações e jornalistas freelancers podem não ter acesso constante a soluções baseadas na nuvem devido a restrições de custo ou conectividade.
Durante o treinamento, os participantes ganharão experiência prática com diversas ferramentas de IA, incluindo aquelas que convertem imagens em texto e vice-versa. Esta habilidade é particularmente útil em cenários em que jornalistas precisam rapidamente transformar conteúdos multimídia em formatos utilizáveis para reportagens, análises e investigações. Ferramentas de IA que geram imagens podem ser utilizadas para criar visualizações de dados mais impactantes, enquanto a conversão de imagens para texto pode facilitar a extração e análise de informações de documentos escaneados ou capturas de tela.
O treinamento "Transformando áudio e vídeo em dados utilizáveis" é outra das atividades mais inovadoras e práticas no 6º Domingo de Dados da Abraji. Ministrado por Jonathan Soma, professor de prática profissional no jornalismo de dados e diretor do programa de graduação em dados, este workshop visa capacitar jornalistas a converter grandes volumes de conteúdo não estruturado, como áudio e vídeo, em dados estruturados que são mais fáceis de analisar e utilizar em reportagens.
Jonathan Soma traz uma vasta experiência em facilitar o alcance de dados inacessíveis, tendo trabalhado com renomadas organizações como ProPublica, WNYC e The New York Times. Durante o treinamento, os participantes aprenderão técnicas para transformar dados de áudio e vídeo em texto escrito, o que é essencial para analisar e categorizar essas mídias de forma eficiente. Este processo envolve o uso de ferramentas de transcrição automatizada, que permitem converter rapidamente discursos e diálogos em formato textual, facilitando a busca e a extração de informações relevantes.
Além da transcrição, o workshop abordará métodos para anotar e descrever conteúdos multimídia. Isso inclui técnicas de categorização e análise de áudio e vídeo, permitindo que os jornalistas gerenciem grandes volumes de dados de maneira organizada. Por exemplo, na análise de entrevistas, podcasts ou vídeos de conferências, a capacidade de anotar e categorizar seções específicas torna a revisão e a utilização dessas informações mais eficazes.
Outro aspecto crucial do treinamento é a demonstração de ferramentas e melhores práticas para automatizar a transcrição e categorização de conteúdo multimídia. Soma mostrará como utilizar softwares e algoritmos que facilitam a transcrição e a análise de grandes quantidades de áudio e vídeo, reduzindo significativamente o tempo e o esforço necessários para processar esses dados. Ferramentas de reconhecimento de voz e software de machine learning desempenham um papel importante nesse processo, permitindo uma análise mais rápida e precisa.
A habilidade de transformar áudio e vídeo em dados estruturados é particularmente relevante no jornalismo investigativo, em que grandes volumes de dados precisam ser revisados e analisados de forma eficiente. Isso não apenas acelera o processo de investigação, mas também aumenta a precisão e a profundidade das reportagens. Por exemplo, a análise de vídeos de câmeras de segurança, gravações de entrevistas ou transmissões ao vivo pode revelar detalhes importantes que, de outra forma, seriam difíceis de identificar.
Em resumo, o 6º Domingo de Dados da Abraji inclui oito treinamentos e debates focados nos diferentes usos da Inteligência Artificial. Entre eles estão "Inteligência Artificial na reportagem investigativa: expandindo fronteiras", com Eduardo Goulart, "Ferramentas de IA para melhorar o jornalismo sem saber programar", com Camilly Alves e Luiz Fernando Toledo, e "IA em redações na prática", com Bruno Fávero, Lilian Ferreira e Michel Gomes.
Para os que desejam experimentar novas ferramentas e metodologias, ou conhecer como desenhar um projeto de IA, a sessão "Faça experimentos com programação e jornalismo" com Cindy Damasceno, Heloísa Vasconcelos, Sumaia Villela e Pedro Burgos, será uma oportunidade única de aprender a criar protótipos de produtos e serviços jornalísticos utilizando IA e programação.
O 6º Domingo de Dados da Abraji promete ser uma jornada intensa e enriquecedora para todos os participantes, proporcionando não apenas conhecimentos técnicos e teóricos, mas também a possibilidade de networking com alguns dos melhores profissionais do jornalismo de dados, durante os debates e treinamentos e também nos momentos de intervalos.
Trabalhos premiados
Tradicionalmente o Domingo de Dados tem a participação de palestrantes reconhecidos em sua área de atuação, no Brasil e no mundo. Por exemplo, a atividade "Como mostrar problemas sociais sérios a partir de dados" é uma sessão essencial para jornalistas que buscam utilizar dados para destacar e investigar questões sociais profundas e complexas. Este debate é especialmente relevante em um momento em que dados são cada vez mais acessíveis e podem ser poderosos aliados na produção de reportagens que impactam a sociedade.
Os palestrantes desta atividade são jornalistas responsáveis por trabalhos que foram finalistas do Sigma Awards 2024, o maior prêmio de jornalismo de dados do mundo. Estarão presentes Fernanda Wenzel, Hélen Freitas, Leandro Melito e Taís Seibt, com mediação de Thays Lavor. Esta distinção já destaca a qualidade e a relevância dos trabalhos apresentados por esses profissionais; e eles compartilharão com os participantes os bastidores de suas investigações premiadas, além de oferecerem dicas valiosas sobre como realizar investigações baseadas em dados.
Veja os links dos trabalhos:
https://news.fiquemsabendo.com.br/p/exclusivo-acessamos-as-notas-fiscais
https://www.intercept.com.br/series/ladroes-de-floresta
Durante esta sessão, os participantes aprenderão como coletar, analisar e apresentar dados de maneira que revelem problemas sociais significativos. Isso inclui a utilização de fontes de dados públicas e privadas, como censos, estatísticas governamentais, registros de saúde, dados de educação, e pesquisas de opinião pública. A análise desses dados pode expor desigualdades, discriminação, violações de direitos humanos e outras questões críticas que afetam comunidades vulneráveis.
Os instrutores compartilharão métodos para transformar números brutos em narrativas compreensíveis e impactantes. Isso envolve a criação de visualizações de dados claras e eficazes, como gráficos, mapas e infográficos, que ajudam a contar histórias de maneira visualmente atraente e acessível ao público.
Além das técnicas de visualização, o debate abordará a importância de contextualizar os dados dentro das realidades sociais e humanas que representam. Isso significa não apenas apresentar os números, mas também contar as histórias das pessoas por trás dos dados, humanizando as estatísticas e dando voz às comunidades afetadas. Os participantes aprenderão a conduzir entrevistas, coletar testemunhos e integrar narrativas qualitativas com dados quantitativos.
Organizações de destaque
As organizações de que fazem parte os palestrantes do 6º Domingo de Dados da Abraji são altamente abrangentes e desempenham papéis de destaque no campo do jornalismo investigativo e de dados. Essas instituições não apenas representam o melhor do jornalismo de dados, mas também atuam como líderes na inovação, na promoção da transparência e na defesa dos direitos humanos. Aqui estão alguns exemplos que ilustram a importância e a abrangência dessas organizações:
- Agência Pública: Uma das principais organizações de jornalismo investigativo no Brasil, a Agência Pública é conhecida por suas reportagens profundas e impactantes, que muitas vezes expõem abusos de poder e violações de direitos humanos. A Pública colabora frequentemente com freelancers e pequenas redações, oferecendo suporte e recursos essenciais para investigações de grande relevância.
- Deutsche Welle: A emissora internacional da Alemanha, Deutsche Welle, é reconhecida por sua cobertura abrangente de eventos globais e seu compromisso com o jornalismo de alta qualidade. A DW oferece uma plataforma que amplifica vozes locais para audiências internacionais, demonstrando o poder do jornalismo de dados em conectar histórias locais a um público global.
- InfoAmazonia: Esta organização se dedica à cobertura de questões ambientais na Amazônia através de mapas interativos e dados geolocalizados. A InfoAmazonia utiliza tecnologia avançada para monitorar desmatamento, exploração ilegal e outras atividades que afetam a floresta amazônica, fornecendo dados cruciais para jornalistas e pesquisadores.
- Ponte Jornalismo: Focada em direitos humanos, segurança pública e sistema de justiça, a Ponte Jornalismo realiza reportagens que expõem injustiças e promovem a transparência. A organização é conhecida por seu trabalho meticuloso e pela defesa de comunidades marginalizadas, usando dados para contar histórias que muitas vezes são negligenciadas pela grande mídia.
- Gênero e Número: Especializada na cobertura de gênero, raça e sexualidade, a Gênero e Número utiliza dados para revelar disparidades e injustiças sociais. A organização combina análise de dados com jornalismo narrativo para destacar questões críticas e promover mudanças sociais.
- OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project): Uma rede global de jornalistas investigativos que trabalham em conjunto para expor crimes transnacionais e corrupção. O OCCRP utiliza técnicas avançadas de investigação de dados para seguir o rastro do dinheiro e revelar complexas redes de corrupção, ajudando a promover a transparência e a responsabilização em escala global.
- Mongabay: Esta organização de notícias ambientais se destaca por suas investigações profundas sobre crimes ambientais, como desmatamento e exploração ilegal de recursos naturais. Mongabay utiliza dados geoespaciais e outras ferramentas tecnológicas para monitorar e reportar atividades que ameaçam o meio ambiente.
- R-Ladies São Paulo: Parte de uma iniciativa global, a R-Ladies São Paulo promove a diversidade de gênero na comunidade de programação R. A organização oferece workshops, treinamentos e uma comunidade de suporte para mulheres e minorias de gênero, incentivando a inclusão no campo da ciência de dados.
- Bellingcat: Conhecida por suas investigações open source, a Bellingcat utiliza dados disponíveis publicamente para investigar e reportar sobre conflitos, violações de direitos humanos e crimes. A organização é pioneira no uso de tecnologias e metodologias inovadoras para realizar investigações que têm um impacto global.
- Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (CLIP): É conhecido por liderar projetos jornalísticos colaborativos que reúnem jornalistas de diferentes países para investigar temas de grande relevância pública. Este modelo de colaboração transnacional permite que as investigações tenham um alcance mais amplo e uma maior profundidade, ao combinar o conhecimento local dos jornalistas com a expertise técnica e os recursos de parceiros internacionais.
Essas organizações exemplificam como o jornalismo de dados pode ser utilizado para promover a transparência, responsabilização e justiça social. Cada uma delas, com seu foco específico e abordagens inovadoras, contribui significativamente para o avanço do jornalismo de dados e investigativo, fornecendo recursos, treinamento e apoio para jornalistas em todo o mundo.
Como participar
As inscrições para o 6º Domingo de Dados da Abraji podem ser feitas neste link.
Confira no site também toda a programação e o perfil dos palestrantes
O Congresso
O 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e do curso de Jornalismo da ESPM-SP.
Patrocinam o 19º Congresso: Google News Initiative, Luminate, Grupo Globo, JSK Journalism Fellowships, Albert Einstein - Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Agence Française de Développement (AFD), Transparência Internacional - Brasil, SBT News, Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Jusbrasil, International Center for Journalists (ICFJ), Atricon, Abert, Basília Rodrigues Comunicação, Alma Preta, Folha de S. Paulo, Abracom, Fundação Lemann, Natura, Alright, Youtube, Revista Cenarium, JB Litoral, RConsortium, Fogo Cruzado, Fundo Brasil, Poder 360, Internews, Serrapilheira, Artigo19, Report for the World, Meio e UOL.
São parceiros institucionais: Aberj, Galápagos Newsmaking, Jeduca, Portal Imprensa, Agência Mural, Vida de Jornalista, Núcleo, DiversaCom, Knight Center, ANJ, Pacto pela Democracia, Fórum De Direito de Acesso a Informações Públicas, Oboré e Textual Comunicação.
Serviço
19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo
Local: ESPM - Campus Álvaro Alvim
Rua Doutor Álvaro Alvim, 123 - Vila Mariana - São Paulo
Data: 11 a 14 de julho de 2024
Inscreva-se em: https://congresso.abraji.org.br/inscreva-se
Créditos das fotos: StockSnap de pixabay; rattanakun e Alena Shekhovtsova de corelens.