- 02.08
- 2004
- 15:37
- MarceloSoares
Dicas de Paul Krugman para cobertura de campanhas
Originalmente publicado em www.journalism.org
Tradução de Marina Della Valle
Em artigo de dezembro de 2003, o colunista do New York Times Paul Krugman estabeleceu algumas regras simples para uma cobertura melhor e mais justa da campanha presidencial norte-americana de 2004. Embora simples, essas regras extrapolam a mera corrida presidencial e são dicas preciosas para qualquer pessoa que esteja cobrindo uma campanha eleitoral.
1. Não fale sobre roupas. A menos que você seja um repórter de moda, mostrar-se obcecado por roupas é um insulto à inteligência de seus leitores.
2. Analise de verdade as propostas políticas dos candidatos. Destrinche as frases bonitas e explique aos leitores como os projetos apresentados funcionariam, quem se beneficiaria com eles e quem seria prejudicado.
3. Cuidado com histórias pessoais. Numa campanha, recolhe-se muitas histórias sobre o candidato, e é muito fácil incluir na cobertura apenas aquelas que reforçam os preconceitos do repórter. Se um repórter precisa usá-las, é melhor que elas sejam verdadeiras.
4. Analise os antecedentes do candidato. A linha da campanha combina com os feitos políticos anteriores do candidato e seu eleitorado?
5. Não seja enganado pelo teatro político. Profissionais da política se tornaram experts na arte de fabricar um aparente ultraje. É nosso dever com o leitor não cair nestas armadilhas.
6. Não é com você. No começo da campanha de 2004, o Washington Post afirmou que jornalistas cobrindo Howard Dean estavam surpresos – e, subentendido, irritados – porque "ele nunca pergunta nada sobre eles". A mente devaneia. Não deixe picuinhas pessoais darem o tom das eleições.
Tradução de Marina Della Valle
Em artigo de dezembro de 2003, o colunista do New York Times Paul Krugman estabeleceu algumas regras simples para uma cobertura melhor e mais justa da campanha presidencial norte-americana de 2004. Embora simples, essas regras extrapolam a mera corrida presidencial e são dicas preciosas para qualquer pessoa que esteja cobrindo uma campanha eleitoral.
1. Não fale sobre roupas. A menos que você seja um repórter de moda, mostrar-se obcecado por roupas é um insulto à inteligência de seus leitores.
2. Analise de verdade as propostas políticas dos candidatos. Destrinche as frases bonitas e explique aos leitores como os projetos apresentados funcionariam, quem se beneficiaria com eles e quem seria prejudicado.
3. Cuidado com histórias pessoais. Numa campanha, recolhe-se muitas histórias sobre o candidato, e é muito fácil incluir na cobertura apenas aquelas que reforçam os preconceitos do repórter. Se um repórter precisa usá-las, é melhor que elas sejam verdadeiras.
4. Analise os antecedentes do candidato. A linha da campanha combina com os feitos políticos anteriores do candidato e seu eleitorado?
5. Não seja enganado pelo teatro político. Profissionais da política se tornaram experts na arte de fabricar um aparente ultraje. É nosso dever com o leitor não cair nestas armadilhas.
6. Não é com você. No começo da campanha de 2004, o Washington Post afirmou que jornalistas cobrindo Howard Dean estavam surpresos – e, subentendido, irritados – porque "ele nunca pergunta nada sobre eles". A mente devaneia. Não deixe picuinhas pessoais darem o tom das eleições.