- 07.11
- 2008
- 17:06
- Abraji
Curso de Jornalismo em Áreas de Conflito Armado é aprovado por 100% dos participantes
O 3° curso de Jornalismo em Áreas de Conflito Armado e outras Situações de Violência teve aprovação de100%. Dos participantes, 33% o consideraram ótimo e 67%, bom. Organizado pela Oboré, em parceria com a Abraji e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, o evento reuniu jornalistas indicados por veículos convidados como a Folha de S. Paulo, CBN, Diário de S. Paulo, Canal Universitário e TV Cultura. O evento foi realizado de 3 a 6 de novembro, em São Paulo.
A semana foi aberta pelo jornalista da TV Globo e representante do International News Safety Institute (INSI), Marcelo Moreira. O chefe de reportagem de Tim Lopes, na época de seu assassinato por traficantes no Rio de Janeiro, falou aos repórteres sobre dicas para uma cobertura mais segura, aprendidas com a tragédia e com seus anos de experiência na emissora.
Favorita dos participantes (com 67% de avaliação como ótima), a palestra seguinte sobre “regras de engajamento do exército em diferentes situações: guerra, missões de paz e policiamento” trouxe o tenente-coronel Ricardo Vendramin, do Centro de Comunicação Social do Exército em Brasília. Em sua conversa franca com os jornalistas, ele apresentou uma nova postura do Exército brasileiro que, segundo ele, busca se abrir ao contato com a imprensa.
Já o assessor jurídico do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Gabriel Valladares, tratou das garantias legais dos jornalistas nas situações de guerra. Ele explicou que o Direito Internacional Humanitário reconhece duas categorias de jornalistas num conflito: os correspondentes de guerra, que são profissionais ligados ao Exército e por isso membros dele, e os jornalistas em missão profissional perigosa, que gozam dos direitos e deveres de qualquer outro civil.
Encerrando o ciclo de palestras, o coronel de reserva da polícia militar e assessor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para atividades com forças policiais e de segurança, André Vianna. Ele deu aos jornalistas alguns parâmetros para entender o ideal de conduta da Polícia Militar e poder compará-los com a realidade. Alertou os jornalistas de que o policial só é autorizado a usar armas de fogo, com a força potencialmente letal, se existe o perigo iminente de morte ou lesão grave, em legítima defesa ou defesa de terceiros.
Todas as palestras contaram com avaliação de mais de 80% de ótimo e bom. O conteúdo do curso obteve aprovação de 100% (67% ótimo e 33% bom) e todos os jornalistas presentes foram unânimes em dizer que recomendariam o curso para outros profissionais.
Confira cobertura detalhada das palestras
Coronel da reserva explica a jornalistas a conduta ideal da Polícia Militar em conflitos
Representante da Cruz Vermelha fala sobre garantias legais do jornalista em guerras
Militar fala sobre papel do Exército em curso sobre Jornalismo em Áreas de Conflito