- 26.07
- 2005
- 12:23
- MarceloSoares
Curso de jornalismo cultural ainda tem vagas
A Abraji promove, nos dias 6 e 13 de agosto (sábados), um curso sobre jornalismo cultural, com o jornalista Alex Antunes e os convidados Pedro Alexandre Sanches, Cláudio Tognolli e Alexandre Matias. No curso, será abordado o histórico e o momento atual dessa área do jornalismo. Também será discutido o potencial para reportagens investigativas na área de cultura e serão apresentadas ferramentas para cobrir melhor o que ocorre na área cultural.
O curso ocorrerá na sede da Abraji (Rego Freitas, 454/8º andar - São Paulo), das 9h às 18h. As vagas são limitadas a 40 alunos, sendo 15 vagas reservadas para estudantes.
A taxa de inscrição será de R$ 100 para sócios da Abraji em dia com a anuidade e de R$ 150 para não-sócios. O pagamento é antecipado. Escreva para [email protected] enviando seus dados, para saber sobre os procedimentos de depósito. Você também pode preencher este formulário.
Para mais informações, telefone para (11) 3214-3766, ramal 205.
Confira abaixo um breve currículo do ministrante e dos convidados, além do programa do curso:
Alex Antunes, 45 anos, editou a revista Bizz, criou a revista Set e escreveu para as editorias de cultura da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Veja, além de colaborar para outros veículos, como o Jornal do Commercio (Recife). Seu primeiro romance, “A Estratégia de Lilith” (Conrad), está sendo adaptado para o cinema. Também é produtor musical, tendo produzido álbuns como os discos-tributo a Arnaldo Baptista e a Luiz Gonzaga, além de festivais voltados à memória e renovação da musica brasileira, como “Com:Tradição” e “3 Trios, 1000 Sons”.
Pedro Alexandre Sanches, 37 anos, é formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou por dez anos na Folha de S.Paulo, como repórter e crítico musical. Atualmente escreve na revista Carta Capital. Publicou em 2000 o livro "Tropicalismo decadência bonita do samba", com análises das obras de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Ben, Chico Buarque e Paulinho da Viola, e em 2005 o livro "Como dois e dois são cinco Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)", um estudo sobre os ícones da Jovem Guarda e suas relações com a música e a política do Brasil dos últimos 40 anos.
Claudio Julio Tognolli, 42 anos, é repórter especial da Rádio Jovem Pan, do site Consultor Jurídico, colunista da revista Caros Amigos e do Observatório de Imprensa, professor da ECA-USP e do Unifiam (SP). Membro do International Consortium of Investigative Journalists (www.icij.org) e consultor de jornalismo investigativo da Unesco no Brasil. Foi repórter especial da Folha de São Paulo e correspondente em Miami. Trabalhou na Veja, foi repórter especial do Jornal da Tarde e da Rádio CBN. Músico formado em composição com os mestres Marcus Rampazzo e Hans Joachimm-Koellreutter, mestre em psicanálise (1990) e doutor em filosofia das ciências (2002) pela USP.
Alexandre Matias escreveu na década de 90 a coluna Trabalho Sujo nos jornais campineiros Diário Do Povo e Correio Popular - hoje a coluna foi transformada em um dos melhores blogs de cultura do país. No Correio, editou o caderno de cultura, e implantou a revista Play (ed. Conrad), um dos projetos mais ousados do mercado editorial brasileiro nos últimos anos. Matias é tradutor ("Futuro Proibido", "Fritz the Cat") e escritor.
Programa do curso:
O curso pretende analisar as possibilidades do jornalismo investigativo cultural, em meio a uma crise de qualidade e credibilidade do jornalismo cultural em geral. A área, que passou por um grande desenvolvimento ao longo dos anos 80, e tem uma forte inserção na história do jornalismo brasileiro, hoje está marcada pelo atrelamento aos interesses dos lobbies de divulgação de produtos culturais, e passa por uma retração no espaço publicado e no impacto no noticiário.
Os temas serão abordados ao longo de dois dias de exposição e de discussão, com diferentes convidados, sendo parte do último dia dedicada às ferramentas e técnicas de apuração que propiciam a retomada de práticas jornalisticamente saudáveis na área da cultura.
1. HISTÓRIA, CRISE
a. O jornalismo cultural no Brasil e o reconhecimento de uma “identidade nacional”
b. Os anos 60 e 70: a cultura de resistência sob a ditadura e as grandes reportagens
c. Os anos 80: a contracultura no Brasil, um impacto retardado e adulterado
d. A disseminação das publicações culturais segmentadas: crítica vs. reportagem
e. O jornalismo “gonzo”, a “cultura de fanzine” e o colapso da reportagem isenta
f. Retração econômica e impacto nos veículos culturais
g. O livro-reportagem substitui as reportagens de fôlego?
h. Na contramão da inércia: exemplos da grande reportagem cultural hoje
2. CRISE, PERSPECTIVAS
i. A colapso da indústria cultural e a cegueira da reportagem
j. Assessorias de imprensa: uma relação promíscua
k. A cultura eletrônica: fragmentação e simultaneidade
l. Novos modelos para o jornalismo investigativo cultural
m. A internet como meio e mensagem
n. Ainda há papel para os grandes veículos?
o. Ferramentas para uma apuração mais aprofundada
O curso ocorrerá na sede da Abraji (Rego Freitas, 454/8º andar - São Paulo), das 9h às 18h. As vagas são limitadas a 40 alunos, sendo 15 vagas reservadas para estudantes.
A taxa de inscrição será de R$ 100 para sócios da Abraji em dia com a anuidade e de R$ 150 para não-sócios. O pagamento é antecipado. Escreva para [email protected] enviando seus dados, para saber sobre os procedimentos de depósito. Você também pode preencher este formulário.
Para mais informações, telefone para (11) 3214-3766, ramal 205.
Confira abaixo um breve currículo do ministrante e dos convidados, além do programa do curso:
Alex Antunes, 45 anos, editou a revista Bizz, criou a revista Set e escreveu para as editorias de cultura da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Veja, além de colaborar para outros veículos, como o Jornal do Commercio (Recife). Seu primeiro romance, “A Estratégia de Lilith” (Conrad), está sendo adaptado para o cinema. Também é produtor musical, tendo produzido álbuns como os discos-tributo a Arnaldo Baptista e a Luiz Gonzaga, além de festivais voltados à memória e renovação da musica brasileira, como “Com:Tradição” e “3 Trios, 1000 Sons”.
Pedro Alexandre Sanches, 37 anos, é formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou por dez anos na Folha de S.Paulo, como repórter e crítico musical. Atualmente escreve na revista Carta Capital. Publicou em 2000 o livro "Tropicalismo decadência bonita do samba", com análises das obras de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Ben, Chico Buarque e Paulinho da Viola, e em 2005 o livro "Como dois e dois são cinco Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)", um estudo sobre os ícones da Jovem Guarda e suas relações com a música e a política do Brasil dos últimos 40 anos.
Claudio Julio Tognolli, 42 anos, é repórter especial da Rádio Jovem Pan, do site Consultor Jurídico, colunista da revista Caros Amigos e do Observatório de Imprensa, professor da ECA-USP e do Unifiam (SP). Membro do International Consortium of Investigative Journalists (www.icij.org) e consultor de jornalismo investigativo da Unesco no Brasil. Foi repórter especial da Folha de São Paulo e correspondente em Miami. Trabalhou na Veja, foi repórter especial do Jornal da Tarde e da Rádio CBN. Músico formado em composição com os mestres Marcus Rampazzo e Hans Joachimm-Koellreutter, mestre em psicanálise (1990) e doutor em filosofia das ciências (2002) pela USP.
Alexandre Matias escreveu na década de 90 a coluna Trabalho Sujo nos jornais campineiros Diário Do Povo e Correio Popular - hoje a coluna foi transformada em um dos melhores blogs de cultura do país. No Correio, editou o caderno de cultura, e implantou a revista Play (ed. Conrad), um dos projetos mais ousados do mercado editorial brasileiro nos últimos anos. Matias é tradutor ("Futuro Proibido", "Fritz the Cat") e escritor.
Programa do curso:
O curso pretende analisar as possibilidades do jornalismo investigativo cultural, em meio a uma crise de qualidade e credibilidade do jornalismo cultural em geral. A área, que passou por um grande desenvolvimento ao longo dos anos 80, e tem uma forte inserção na história do jornalismo brasileiro, hoje está marcada pelo atrelamento aos interesses dos lobbies de divulgação de produtos culturais, e passa por uma retração no espaço publicado e no impacto no noticiário.
Os temas serão abordados ao longo de dois dias de exposição e de discussão, com diferentes convidados, sendo parte do último dia dedicada às ferramentas e técnicas de apuração que propiciam a retomada de práticas jornalisticamente saudáveis na área da cultura.
1. HISTÓRIA, CRISE
a. O jornalismo cultural no Brasil e o reconhecimento de uma “identidade nacional”
b. Os anos 60 e 70: a cultura de resistência sob a ditadura e as grandes reportagens
c. Os anos 80: a contracultura no Brasil, um impacto retardado e adulterado
d. A disseminação das publicações culturais segmentadas: crítica vs. reportagem
e. O jornalismo “gonzo”, a “cultura de fanzine” e o colapso da reportagem isenta
f. Retração econômica e impacto nos veículos culturais
g. O livro-reportagem substitui as reportagens de fôlego?
h. Na contramão da inércia: exemplos da grande reportagem cultural hoje
2. CRISE, PERSPECTIVAS
i. A colapso da indústria cultural e a cegueira da reportagem
j. Assessorias de imprensa: uma relação promíscua
k. A cultura eletrônica: fragmentação e simultaneidade
l. Novos modelos para o jornalismo investigativo cultural
m. A internet como meio e mensagem
n. Ainda há papel para os grandes veículos?
o. Ferramentas para uma apuração mais aprofundada