Congresso online tem curso sobre técnicas de segurança para jornalistas
  • 11.10
  • 2024
  • 12:28
  • Laysa Vitória

Formação

Congresso online tem curso sobre técnicas de segurança para jornalistas

Protestos são situações dinâmicas que podem rapidamente se tornar perigosas ou violentas. E a cobertura dessas manifestações de rua envolve uma série de riscos para os quais os jornalistas devem estar preparados. No curso “técnicas de sobrevivência em ambientes hostis”, exclusivo do Congresso Online, Colin Pereira, o principal estrategista para a segurança do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), compartilha dicas de segurança. 

Antes de iniciar uma reportagem ou realizar a cobertura de uma manifestação é importante que os repórteres pensem o que pode dar errado, para estarem atentos aos riscos. Alguns profissionais regularmente expostos a situações sensíveis podem achar que a reflexão não é necessária, porém, frequentemente, pessoas com esse tipo de pensamento se envolvem em enrascadas, destaca Colin. 

A avaliação de risco se fundamenta na resposta de seis perguntas: quem vai produzir a reportagem? O que você está programando? Onde? Por quê? Como vai fazer aquilo que está planejando? E, se algo der errado, o que você vai fazer? A partir desses questionamentos é possível saber se o trabalho é arriscado ou não. E pensar sobre o “e se” permite a resolução e aplicação de um bom plano de contingência. O CPJ tem um formulário de avaliação de risco disponível. 

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A maior parte do planejamento de contingência é focado na comunicação, afirma Colin. É necessário saber com quem irá entrar em contato caso algo dê errado. É importante ficar atento, também, ao método de comunicação: se o celular for perdido ou roubado, qual a outra alternativa? Além disso, ter um plano definido para o caso de o alerta de emergência ser acionado. Apesar de alguns repórteres evitarem pensar no pior, o estrategista do CPJ reforça a importância de planejar o cenário mais extremo possível. 

Técnicas de segurança na cobertura de protestos 

Um dos pontos principais é evitar trabalhar sozinho na cobertura de manifestações. Se for freelancer, estabeleça conexões com outros profissionais que estiverem no espaço. Outra boa prática é pesquisar o local com antecedência e estudar quem estará lá. Tenha sempre uma rota de fuga em mente. Evite ficar encurralado ou preso entre os grupos que se enfrentam ou no meio da multidão. E procure manter-se onde possa ter uma visão mais ampla. Outras dicas básicas são:

  • Chegue cedo para “sentir” a localização / familiarizar-se com a área;
  • Leve sua credencial de mídia;
  • Faça pausas regulares para se manter renovado;
  • Leve bateria portátil e que se celular tenha créditos;
  • Sapatos confortáveis com cadarços e apoio para tornozelo;
  • Não use tecidos de nylon ou inflamáveis;
  • Evite roupa folgada ou muito apertada;
  • Evite cordões e colares; cabelos longos amarrados; mochilas na frente;
  • Evite logotipos de imprensa, slogans políticos, roupas pretas, capuzes, uniformes militares;
  • Utilize equipamentos de proteção individual: capacete de ciclista, protetores auriculares, colete contra facadas, óculos de proteção e máscara.  

O especialista em segurança destaca a importância de manter um equilíbrio entre segurança e conseguir os melhores registros. “Se você for atingido na cabeça ou for vítima de violência policial ou de um manifestante e acabar no hospital, no dia seguinte, você não fará seu trabalho, porque estará debilitado. Acredito que é melhor estar lá para toda a série de protestos do que conseguir uma ótima foto e perder todo o resto. Porque você não estará registrando histórias se estiver no hospital.”

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Congresso online  

Em 2024, a Abraji manteve o congresso em formato híbrido. Para quem não conseguiu participar presencialmente ou gostaria de rever alguma mesa, o congresso online de jornalismo investigativo continua com inscrições abertas até 31 de outubro. São mais de 30 conteúdos, entre cursos exclusivos para o online e atividades presenciais que tiveram transmissão simultânea. Para os estudantes de jornalismo, é uma ótima oportunidade de conseguir horas complementares. 

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Patrocinadores

O 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo é uma realização da Abraji e do curso de Jornalismo da ESPM.

Patrocinaram o 19º Congresso: Google News Initiative, Luminate, Grupo Globo, JSK Journalism Fellowships, Albert Einstein - Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, Agence Française de Développement (AFD), Transparência Internacional - Brasil, SBT News, Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Jusbrasil, International Center for Journalists (ICFJ), Atricon, Abert, Basília Rodrigues Comunicação, Alma Preta, Folha de S. Paulo, Abracom, Fundação Lemann, Natura, Alright, YouTube, Revista Cenarium, JB Litoral, RConsortium, Fogo Cruzado, Fundo Brasil, Poder 360, Internews, Serrapilheira, Artigo19, Report for the World, Meio e UOL.

Foram parceiros institucionais do evento: Aberj, Galápagos Newsmaking, Jeduca, Portal Imprensa, Agência Mural, Vida de Jornalista, Núcleo, DiversaCom, Knight Center, ANJ, Pacto pela Democracia, Fórum De Direito de Acesso a Informações Públicas, Inova.aê, Oboré e Textual Comunicação.

Assinatura Abraji