• 18.03
  • 2015
  • 11:30
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Cinco lições de jornalismo por Byron Pitts

Se você tivesse perguntado ao jovem Byron Pitts o que ele gostaria de ser quando crescer, ele não teria dado uma resposta como “astronauta” ou “bombeiro”. Sua resposta, desde aquela época, era “repórter do 60 Minutes”.

Agora como correspondente nacional chefe pela ABC News, e co-ancora do Nightline, Pitts sabia antes mesmo de ler que queria trabalhar na televisão, como repórter em uma grande emissora. E quando ele conseguiu seu primeiro emprego na televisão, sabia que tinha que trabalhar ainda mais duro.

“Eu queria ser bem sucedido na televisão. Eu queria ser um modelo de sucesso para as pessoas, e portanto, queria realmente estudar para isso. Eu precisei de três TV sets e três vídeos-cassete para gravar a ABC, CBS e NBC. Aquela era minha lição de casa. Eu costumava gravar os programas de notícias da manhã e da noite”, disse.

Pitts aprendeu desde como segurar um microfone, até como escrever e construir uma história, observando as pessoas trabalhando em seu campo. Quando conseguiu seu primeiro trabalho de reportagem, em Greenville, na Carolina do Norte, ele continuou aprendendo e tentando fazer ainda melhor.

“Eu costumava sentar em casa, assistir os noticiários e estudá-los, e isso começou a ser como ir ao cinema, ao clube, que eram coisas que gostava de fazer. Segui os hábitos de pessoas que eu pensava que eram bem sucedidas.”

Durante dois eventos na sexta-feira (16.03), no Instituto Poynter, Pitts dividiu alguns conselhos para jornalistas que devem estar estudando sobre ele, do mesmo jeito que ele estudava sobre Ed Bradley e Diane Sawyer.

 

- Sobre networking

Pitts disse que escreve notas de agradecimento para cada personagem de uma história, e para as pessoas que o ajudaram. Ele fica com as notas em sua bolsa e as leva para onde vai, e manter contato com as pessoas depois que suas histórias foram ao ar, já fez com que elas se tornassem fontes para outras pautas. “A pessoa que falou com você na segunda como vítima de alguma coisa”, ele diz, “na sexta-feira é uma especialista naquilo.”

 

- Lidando com histórias emotivas

Pitts já noticiou tragédias e devastações dentro dos EUA e fora dele. Ele disse que os jornalistas são como ministros, de certo modo, porque eles vão até pessoas que, muitas vezes, estão no pior momento de suas vidas. Para lidar com a emoção nesses momentos, ele lembra a si mesmo de que está ali para um objetivo específico.”Esse é o meu trabalho. É necessário existir um tipo de desconexão entre o que está acontecendo e eu”, ele disse. “Eu tenho que ser muito respeitoso com isso - tenho que tentar entender a situação -, e que a coisa não é sobre minhas emoções.”

 

Para ler a noticia na integra, e conhecer os outros conselhos de Pitts, acesse http://goo.gl/VhEvpD.

Assinatura Abraji