- 02.09
- 2008
- 21:56
- Abraji
Candidatos a prefeito declaram R$ 8 bilhões; 10% detêm 65% do patrimônio total
A soma dos bens declarados pelos 14.512 candidatos a prefeito registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 20 de agosto chegava a nada menos do que R$ 8,072 bilhões. É quase o mesmo valor investido pela União ao longo de 2007 (R$ 8,620 bilhões) em todas as áreas de atuação do governo federal.
Na eleição de 2006, que reuniu cerca de 19 mil candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, o patrimônio total declarado chegou a R$ 12,259 bilhões, com uma média de R$ 649 mil por candidato. Desta vez, o valor médio dos bens declarados pelos postulantes ao cargo de prefeito ficou um pouco abaixo: R$ 604 mil.
Mas a distribuição do patrimônio é muito desigual. Apenas 1.482 dos candidatos são milionários: declararam possuir pelo menos R$ 1 milhão em bens. Esses 10% mais ricos detêm, juntos, R$ 5,259 bilhões, ou cerca de 65% do patrimônio total dos candidatos, o que dá uma média de R$ 3,549 milhões para cada um deles. Ao mesmo tempo, os 13 mil candidatos restantes têm um patrimônio médio de R$ 237 mil, ou seja, 93% menor do que o dos concorrentes mais ricos.
A pirâmide patrimonial dos candidatos a prefeito é tão ou mais desequilibrada do que a da sociedade brasileira. O conjunto daqueles 81 que declaram possuir bens acima de R$ 10 milhões, ou seja, apenas 0,55% deles, é dono de R$ 1,842 bilhões, ou 23% do patrimônio total calculado pela Abraji a partir dos dados do TSE.
Nesse clube seleto estão 15 candidatos do PMDB, 12 do DEM, 10 do PSDB, 8 do PP, 6 do PTB, 6 do PR, 6 do PDT, 3 do PT, 3 do PRP, 3 do PPS, 2 do PSB, 2 do PV, 2 do PMN, 1 do PSL, 1 do PRB e 1 do PRTB.
Convém lembrar que todas essas informações se referem apenas aos bens declarados e que esses valores não caracterizam nenhum tipo de ilícito. Apesar de a Justiça eleitoral determinar que todos os candidatos declarem seus bens (para que, ao final do mandato, se possa avaliar se o eleito usou o cargo para enriquecer), não há punição prevista em lei para aqueles que não declararem todo o seu patrimônio ou subavaliarem os bens declarados.
Veja mais informações sobre os bens dos candidatos no hotsite da Abraji sobre as eleições 2008: http://www.abraji.org.br/hotsite/eleicoes2008/index.php
Importante: os dados aqui mencionados referem-se a 20 de agosto de 2008; desde então podem ter havido mudanças na base do TSE que afetem marginalmente as totalizações.
Na eleição de 2006, que reuniu cerca de 19 mil candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, o patrimônio total declarado chegou a R$ 12,259 bilhões, com uma média de R$ 649 mil por candidato. Desta vez, o valor médio dos bens declarados pelos postulantes ao cargo de prefeito ficou um pouco abaixo: R$ 604 mil.
Mas a distribuição do patrimônio é muito desigual. Apenas 1.482 dos candidatos são milionários: declararam possuir pelo menos R$ 1 milhão em bens. Esses 10% mais ricos detêm, juntos, R$ 5,259 bilhões, ou cerca de 65% do patrimônio total dos candidatos, o que dá uma média de R$ 3,549 milhões para cada um deles. Ao mesmo tempo, os 13 mil candidatos restantes têm um patrimônio médio de R$ 237 mil, ou seja, 93% menor do que o dos concorrentes mais ricos.
A pirâmide patrimonial dos candidatos a prefeito é tão ou mais desequilibrada do que a da sociedade brasileira. O conjunto daqueles 81 que declaram possuir bens acima de R$ 10 milhões, ou seja, apenas 0,55% deles, é dono de R$ 1,842 bilhões, ou 23% do patrimônio total calculado pela Abraji a partir dos dados do TSE.
Nesse clube seleto estão 15 candidatos do PMDB, 12 do DEM, 10 do PSDB, 8 do PP, 6 do PTB, 6 do PR, 6 do PDT, 3 do PT, 3 do PRP, 3 do PPS, 2 do PSB, 2 do PV, 2 do PMN, 1 do PSL, 1 do PRB e 1 do PRTB.
Convém lembrar que todas essas informações se referem apenas aos bens declarados e que esses valores não caracterizam nenhum tipo de ilícito. Apesar de a Justiça eleitoral determinar que todos os candidatos declarem seus bens (para que, ao final do mandato, se possa avaliar se o eleito usou o cargo para enriquecer), não há punição prevista em lei para aqueles que não declararem todo o seu patrimônio ou subavaliarem os bens declarados.
Veja mais informações sobre os bens dos candidatos no hotsite da Abraji sobre as eleições 2008: http://www.abraji.org.br/hotsite/eleicoes2008/index.php
Importante: os dados aqui mencionados referem-se a 20 de agosto de 2008; desde então podem ter havido mudanças na base do TSE que afetem marginalmente as totalizações.