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Brasil é país com mais jornalistas assassinados na América por motivos confirmados, segundo CPJ
Publicado em 21 de setembro de 2012, no Knight Center para Jornalismo nas Américas.
Por Isabela Fraga
Com três jornalistas assassinados, o Brasil é o país com mais mortes de profissionais da imprensa por motivos confirmados relacionados à profissão em 2012 no continente americano, segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), noticiou o portal Terra.
De acordo com dados divulgados no site do CPJ, o Brasil ocupa o 3º lugar entre os países de todo o mundo onde mais jornalistas foram assassinados este ano -- atrás apenas da Síria (18), Somália (8) e ao lado do Paquistão. Contagens de outras instituições apontam que o número de assassinatos de jornalistas no mundo em 2012, até agosto, já se aproxima do total de 2011, com 107 (segundo a Press Emblem Campaign) ou 90 (segundo o International News Safety Institute, o INSI) profissionais mortos, reportou a Folha de São Paulo.
Vale lembrar, no entanto, que os números divulgados pelo CPJ são apenas das mortes por motivos confirmados em relação à profissão jornalística. Em outros países da América Latina, há mais jornalistas assassinados, mas os motivos ainda não foram confirmados, segundo a organização: no México, cinco profissionais da imprensa foram mortos em 2012.
O caso mais recente no Brasil foi o assassinato a tiros do radialista esportivo Valério Luiz, em 5 de julho, quando o jornalista saía do prédio onde trabalhava. Além de Luiz, também tiveram mortes confirmadas em relação à profissão o jornalista e blogueiro Décio Sá, em abril, e o repórter Mário Randolfo Marques Lopes, em fevereiro. Por esses número, o INSI classificou o Brasil como um dos países mais perigosos para a imprensa no primeiro semestre de 2012.