• 11.06
  • 2007
  • 13:38
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Balanço do 2º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Aos sócios da Abraji

 

Caríssimas e caríssimos,

 

Em primeiro lugar e antes de tudo, boas vindas aos novos sócios da Abraji.

 

Como sabem, realizamos em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de maio, em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Faculdade Cásper Líbero, o nosso 2º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Como o primeiro, que fizemos no Rio, em 2005, com a PUC, este também foi muito produtivo, segundo as avaliações que recebemos. A seguir, alguns dados sobre o Congresso e os próximos passos da Abraji.

 

Balanço - O Congresso teve 275 inscritos (de 15 Estados e Brasília) e 126 palestrantes em 66 mesas e oficinas, num total de 401 participantes, sem contar com os que apenas compareceram à cerimônia de abertura, na quinta-feira, em homenagem ao jornalista Joel Silveira. O Congresso do Rio teve a participação de cerca de 300 jornalistas e estudantes, contando com os palestrantes. Tivemos, então, 30 mesas e oficinas e a participação de profissionais e estudantes vindos de 14 Estados e de Brasília.

 

Novos sócios - Os jornalistas, professores de jornalismo e estudantes de jornalismo que não eram sócios da Abraji passam a ser a partir de agora porque na inscrição deles estava incluída a anuidade de 2007.

Aqueles que não desejaram permanecer nesta lista de correspondência devem mandar um e-mail para [email protected] pedindo para ter seu e-mail excluído do grupo.

            Pedimos a todos os novos sócios que entrem no site da Abraji, no link Filie-se, e preencham todos os seus dados pessoais. Somente assim será possível efetivar a associação. É necessário preencher a forma de pagamento porque o sistema não aceita o cadastro sem a escolha dessa opção. Após fazer isso, mande e-mail para [email protected], para fazermos a quitação da anuidade.

 

Avaliação - Solicito que todos os que participaram do Congresso em São Paulo nos enviem uma avaliação da organização, da escolha dos temas e palestrantes e das mesas que assistiram. Este retorno é muito importante para a organização dos próximos eventos. Um questionário de avaliação segue junto com esta mensagem.

 

Destaques - Gostaria de destacar, entre as novidades deste ano, algumas iniciativas importantes. No bloco de Fundamentos da Reportagem, pela primeira vez organizamos painéis sobre texto jornalístico (Paulo Totti, do Valor), sobre checagem de informação (Adam Sun, da revista piauí), sobre o uso de fontes anônimas (Kennedy Alencar e Maria Cristina Fernandes), sobre montagem de bancos de dados (Fernando Rodrigues e Marcelo Soares) e sobre o trabalho de apuração em parceria com fotógrafos (João Bittar, Vidal Cavalcante e Rubens Chiri) e com infografistas (Mário Kanno e Fábio Salles). Neste mesmo bloco ampliamos de dois para cinco os painéis sobre fundamentos e metodologia da apuração jornalística (José Roberto de Alencar, Amaury Ribeiro, Cláudio Tognolli e Marcelo Beraba).

Ampliamos os cursos de RAC e o número de painéis referentes à aplicação dos princípios do jornalismo investigativo em áreas como economia, meio ambiente, esportes, cultura, corrupção, lavagem de dinheiro, crime organizado, financiamento de campanhas eleitorais, cobertura de prefeituras e de problemas regionais, refugiados, cobertura da Tríplice Fronteira e da Amazônia. Tivemos este ano mais mesas voltadas para o telejornalismo, o radiojornalismo e o jornalismo on-line. E contamos com a participação de seis convidados estrangeiros: Carlos Eduardo Huertas (revista Semana, da Colômbia), Daniel Santoro (Clarín, de Buenos Aires), Gavin Mac Fadyen (Global Investigative Journalism, Londres), Sheila Coronel (Columbia University, Nova York), Steve Doig (Investigative Reporter and Editor/IRE, Estados Unidos) e Andrés Cólman (Ultima Hora, Assunção).

 

Mapa Brasil – Organizamos várias mesas sobre Direito de Acesso a Informações Públicas e sobre defesa profissional. Um dos pontos altos do congresso foi a apresentação do Mapa Brasil, iniciativa da Abraji, a partir de sugestão da Katherine Funke, e que contou com a participação de voluntários que solicitaram informações públicas a 125 órgãos de todos os Estados e do Distrito Federal. O resultado parcial do Mapa Brasil pode ser acessado em http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=498.

 

Livro – Lançamos no congresso o segundo livro da coleção Jornalismo Investigativo - “50 Anos de Crimes”, organizado pelo diretor Fernando Molica -, uma parceria da Abraji com a Editora Record.

 

Parcerias – Várias mesas do congresso foram organizadas com a ajuda de instituições que têm como foco o trabalho com jornalistas e com quem temos desenvolvido várias parcerias: Instituto Ayrton Senna, Transparência Brasil, Associação Paulista de Jornais, Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (Cejil), Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil (Acnur), Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), Fundação Konrad Adenauer e Oboré.

 

Apoios – Tivemos os apoios, para este congresso, da TV Globo, O Globo, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, Extra, A Tarde (Salvador), A Crítica (Manaus), Correio Braziliense, Associação Paulista de Jornais, Associação Brasileira de Imprensa, Open Society Institute, Knight Center for Journalism e Global Investigative Journalism.

 

Próximo congresso – Após o congresso a diretoria da Abraji realizou uma rápida reunião que contou com a presença de outros sócios. Não tivemos condições de decidir o local do próximo congresso. Há sugestões de que seja em Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. Os congressos do Rio e de São Paulo foram possíveis porque tivemos forte apoio de diretores locais. Sem isso, a organização se torna muito difícil porque não temos uma estrutura profissional consolidada. Assim, ficou decidido que a diretoria enviará em breve uma espécie de memorial do que é necessário para a realização de um congresso da Abraji (recursos financeiros, custos, parcerias, apoio local) e tomaremos uma decisão tendo como principal critério a realização de um congresso ainda melhor do que os que realizamos no Rio e em São Paulo.

 

Eleições – A Abraji realizará no final do ano eleições para a renovação da diretoria. O processo eleitoral será aberto no segundo semestre.

 

Próximas atividades – Estão previstos mais três cursos on-line e quatro presenciais de Jornalismo para o Desenvolvimento Humano, feito em parceria com o Instituto Ayrton Senna; pelo menos um curso de RAC (Reportagem Auxiliada por Computador) on-line para sócios; dois seminários sobre Cobertura de Crime Organizado, com apoio do Open Society Institute, e publicação on-line para sócios do banco de dados de pessoas acusadas de envolvimento com o crime organizado no Brasil. Essas atividades e as demais serão anunciadas no site da Abraji.

A diretoria se comprometeu a fazer esforços para realizar novos seminários fora do eixo Rio-São Paulo. Para isso, é necessário o apoio de sócios locais e de parcerias com faculdades de jornalismo e empresas jornalísticas.

A Abraji mantém, além dos seminários e cursos, alguns programas permanentes:

- Repórter do Futuro, com a Oboré, em São Paulo;

- Escola Popular de Jornalismo Crítico, com o Observatório de Favelas e várias universidades fluminenses, na Maré, no Rio;

- Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, com várias entidades nacionais, em Brasília;

- Alertas, de defesa da liberdade de expressão, com o Instituto Prensa y Sociedad (Peru).

 

Agradecimentos – Queria, por fim, deixar registrado mais uma vez os agradecimentos da diretoria da Abraji à Faculdade Cásper Líbero, que nos acolheu com carinho e colocou à nossa disposição os recursos que garantiram o êxito do congresso, à Universidade Mackenzie, e aos companheiros que mais diretamente trabalharam no planejamento, organização e realização do congresso – José Roberto de Toledo, Laura Diniz e Tatiane Cristina dos Santos.


Marcelo Beraba

presidente

Assinatura Abraji