- 06.08
- 2004
- 14:07
- MarceloSoares
Aumente sua base de fontes
Originalmente publicado em www.journalism.org
Tradução de Marina Della Valle
Não adianta fazer boas perguntas ou achar que entende uma campanha; se você não estiver falando com as pessoas certas, ou com uma quantidade suficiente de fontes, inevitavelmente haverá buracos. Abaixo vão algumas dicas para encontrar essas pessoas e não as perder depois de falar com elas.
1. O tamanho de sua agenda, ou quem está nela
Marty Tolchin, correspondente do New York Times e ex-editor do The Hill
Sua agenda pode ter pessoas com quem você só fala a cada cinco ou seis anos. Deve ter. Você precisa ter acesso a toda uma gama de opiniões para cobrir política, não só os líderes partidários de sempre e os acadêmicos. Você tem na sua agenda os mecânicos políticos, os sonhadores, os agitadores, os patrulheiros da ética, os religiosos, os empresários, os financistas? Se sua agenda está magra em algumas áreas, você deveria tentar identificar quais e tomar como sua missão pessoal completá-las quando puder.
2.Nunca jogue fora um número de telefone
David Yepsen, editor de política, Des Moines Register
Certifique-se de que você tem um sistema para guardar cada número de telefone que você consegue. O governador acabou de ligar para você de seu celular pessoal. O senador acabou de ligar de sua casa de verão. O esquivo financista acabou de ligar para reclamar. Assim que você conseguir o número, pegue aquele pedaço de papel ou marcador de livro onde você o anotou e transfira o número para sua agenda para sempre. Os identificadores de chamadas no trabalho e em seu celular também são ferramentas valiosas. Adquira o hábito de tomar nota dos números do identificador de chamadas. Faça da construção do seu fichário parte de sua habilidade na profissão.
3. Fale com os sábios secretos
Jack Germond, ex-colunista do Baltimore Sun
Algumas das melhores fontes para qualquer repórter de política são ex-autoridades eleitas que não estão engajados em uma campanha ou debate, mas são capazes de lhe contar o que está acontecendo e mostrar um ponto de partida. Procure falar com pessoas que foram muito ativas na política, mas que agora não estão mais em posição de falar publicamente. Juízes, reitores de universidade, políticos aposentados, políticos em desgraça etc. São pessoas que você não pode citar na reportagem, mas que sabem tudo. Eles adoram ganhar atenção. Faça isso pessoalmente. Faça isso por algum tempo. Será um belo almoço ou jantar. Eles ficarão envaidecidos e dirão mais do que você espera, especialmente depois que o conhecerem. Imagine Bill Clinton e Bob Dole dizendo a você tudo o que podem “em off” antes que as próximas eleições para presidente tenham começado.
4. Consiga fontes de caráter
Jim Doyle, ex-escritor de política do Boston Globe e ex-editor do Army Times
São similares aos “sábios secretos” de Germond, mas esta é sobre caráter pessoal. São pessoas em cujo julgamento sobre outras pessoas você confia. Foram pessoas que ajudaram a decidir coisas em longas reuniões e que sabem como as pessoas, incluindo seu candidato, jogam. São essas as pessoas que os financistas consultam para decidir a quem apoiar. Eles dirão o que vêem na alma dos candidatos. São, também, pessoas de bastidores. Não falam em “on”.
5. Fale com jornalistas que conhecem melhor o candidato
Vários jornalistas
Uma boa fonte para qualquer um cobrindo eleições, mas especialmente os que têm menos experiência ou precisam escrever um artigo mais longo, são outros jornalistas. Quem cobre um candidato todo dia por algum tempo – ou um político eleito em seu estado ou localidade durante alguns anos – geralmente tem uma perspectiva única sobre o candidato, formada pela exposição e proximidade. No mínimo, eles têm na cabeça o histórico do mandato. Eles conhecem bem essas pessoas. A opinião deles em relação a alguém geralmente indica o que o público vai pensar deles depois.
6. Converse fora do trabalho com os candidatos
Jack Germond
Passe mais tempo andando com políticos, em vez de sair com outros repórteres. Embora os repórteres geralmente busquem conseguir alguma frase de efeito ou opiniões políticas duras nas entrevistas, esse é só um lado da pessoa – e geralmente o menos revelador. Para saber melhor quem você está cobrindo, converse com ele naquelas horas em que vocês dois estão de ânimos desarmados. Você pode não usar o que você ouvir em suas reportagens, mas poderá entender melhor o político quando sentar para escrever.
7. Conheça os rostos
Jack Germond
É claro que você conhece a cara do candidato, mas e os que estão trabalhando em sua campanha? Você tomou café ao lado da secretária do assessor do candidato? Conhecer TODOS os assessores do candidato é não apenas um jeito de desenvolver fontes, mas também de evitar dizer alguma besteira que chegue ao conhecimento do candidato. Esses funcionários não são próximos dos chefes da campanha, mas eles escutam bastante e geralmente gostam de falar.
Tradução de Marina Della Valle
Não adianta fazer boas perguntas ou achar que entende uma campanha; se você não estiver falando com as pessoas certas, ou com uma quantidade suficiente de fontes, inevitavelmente haverá buracos. Abaixo vão algumas dicas para encontrar essas pessoas e não as perder depois de falar com elas.
1. O tamanho de sua agenda, ou quem está nela
Marty Tolchin, correspondente do New York Times e ex-editor do The Hill
Sua agenda pode ter pessoas com quem você só fala a cada cinco ou seis anos. Deve ter. Você precisa ter acesso a toda uma gama de opiniões para cobrir política, não só os líderes partidários de sempre e os acadêmicos. Você tem na sua agenda os mecânicos políticos, os sonhadores, os agitadores, os patrulheiros da ética, os religiosos, os empresários, os financistas? Se sua agenda está magra em algumas áreas, você deveria tentar identificar quais e tomar como sua missão pessoal completá-las quando puder.
2.Nunca jogue fora um número de telefone
David Yepsen, editor de política, Des Moines Register
Certifique-se de que você tem um sistema para guardar cada número de telefone que você consegue. O governador acabou de ligar para você de seu celular pessoal. O senador acabou de ligar de sua casa de verão. O esquivo financista acabou de ligar para reclamar. Assim que você conseguir o número, pegue aquele pedaço de papel ou marcador de livro onde você o anotou e transfira o número para sua agenda para sempre. Os identificadores de chamadas no trabalho e em seu celular também são ferramentas valiosas. Adquira o hábito de tomar nota dos números do identificador de chamadas. Faça da construção do seu fichário parte de sua habilidade na profissão.
3. Fale com os sábios secretos
Jack Germond, ex-colunista do Baltimore Sun
Algumas das melhores fontes para qualquer repórter de política são ex-autoridades eleitas que não estão engajados em uma campanha ou debate, mas são capazes de lhe contar o que está acontecendo e mostrar um ponto de partida. Procure falar com pessoas que foram muito ativas na política, mas que agora não estão mais em posição de falar publicamente. Juízes, reitores de universidade, políticos aposentados, políticos em desgraça etc. São pessoas que você não pode citar na reportagem, mas que sabem tudo. Eles adoram ganhar atenção. Faça isso pessoalmente. Faça isso por algum tempo. Será um belo almoço ou jantar. Eles ficarão envaidecidos e dirão mais do que você espera, especialmente depois que o conhecerem. Imagine Bill Clinton e Bob Dole dizendo a você tudo o que podem “em off” antes que as próximas eleições para presidente tenham começado.
4. Consiga fontes de caráter
Jim Doyle, ex-escritor de política do Boston Globe e ex-editor do Army Times
São similares aos “sábios secretos” de Germond, mas esta é sobre caráter pessoal. São pessoas em cujo julgamento sobre outras pessoas você confia. Foram pessoas que ajudaram a decidir coisas em longas reuniões e que sabem como as pessoas, incluindo seu candidato, jogam. São essas as pessoas que os financistas consultam para decidir a quem apoiar. Eles dirão o que vêem na alma dos candidatos. São, também, pessoas de bastidores. Não falam em “on”.
5. Fale com jornalistas que conhecem melhor o candidato
Vários jornalistas
Uma boa fonte para qualquer um cobrindo eleições, mas especialmente os que têm menos experiência ou precisam escrever um artigo mais longo, são outros jornalistas. Quem cobre um candidato todo dia por algum tempo – ou um político eleito em seu estado ou localidade durante alguns anos – geralmente tem uma perspectiva única sobre o candidato, formada pela exposição e proximidade. No mínimo, eles têm na cabeça o histórico do mandato. Eles conhecem bem essas pessoas. A opinião deles em relação a alguém geralmente indica o que o público vai pensar deles depois.
6. Converse fora do trabalho com os candidatos
Jack Germond
Passe mais tempo andando com políticos, em vez de sair com outros repórteres. Embora os repórteres geralmente busquem conseguir alguma frase de efeito ou opiniões políticas duras nas entrevistas, esse é só um lado da pessoa – e geralmente o menos revelador. Para saber melhor quem você está cobrindo, converse com ele naquelas horas em que vocês dois estão de ânimos desarmados. Você pode não usar o que você ouvir em suas reportagens, mas poderá entender melhor o político quando sentar para escrever.
7. Conheça os rostos
Jack Germond
É claro que você conhece a cara do candidato, mas e os que estão trabalhando em sua campanha? Você tomou café ao lado da secretária do assessor do candidato? Conhecer TODOS os assessores do candidato é não apenas um jeito de desenvolver fontes, mas também de evitar dizer alguma besteira que chegue ao conhecimento do candidato. Esses funcionários não são próximos dos chefes da campanha, mas eles escutam bastante e geralmente gostam de falar.