• 19.12
  • 2013
  • 11:52
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Apesar de mau resultado, Brasil deixa lista de cinco países mais perigosos para jornalistas

A ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou nesta quarta-feira (18.dez.2013) seu relatório anual sobre liberdade de expressão. O Brasil deixou a lista dos cinco países mais perigosos para jornalistas, embora tenha mantido um elevado número de profissionais assassinados: cinco mortes ao longo de 2013.

A retirada do país da lista dos mais perigosos se deveu ao aumento de casos nas Filipinas, em que oito jornalistas foram mortos neste ano. O país acabou então assumindo o lugar do Brasil e do México. Síria, Somália e Paquistão continuam como países com altas taxas de assassinatos de jornalistas sem punição.

Os três têm em comum o fato de serem regiões de conflito, responsáveis por 39% das 71 mortes de jornalistas que ocorreram em todo o mundo em 2013. Ainda segundo o relatório, 37% destes profissionais trabalhavam para a mídia impressa, 30% para emissoras de rádio e 3% para meios digitais.

Aos 71 assassinatos de jornalistas somam-se ainda 39 assassinatos de “jornalistas cidadãos” e internautas. “Estas violações da liberdade de informação afetam todos os tipos de informantes, em sentido amplo, incluindo jornalistas profissionais, jornalistas cidadãos e internautas.”, aponta a Repórteres Sem Fronteiras.

 

Aumento

O número de 71 assassinatos representa uma queda de 20% nas mortes em relação a 2012, quando houve um recorde de casos deste tipo, com 88 jornalistas mortos. Mas se comparado com os anos de 2011 (67 mortes) e 2010 (58), o relatório deste ano aponta uma preocupante tendência de aumento de casos de violência contra jornalistas.

No Brasil, a ONG destacou o elevado número de casos de violação da liberdade de expressão durante as manifestações de junho. Com mais de 100 casos de agressões a jornalistas, a maioria por parte das polícias militares.  De acordo com levantamento da Abraji, dos 113 casos de agressão registrados, 70 foram deliberados, ou seja,  realizados a despeito da identificação das vítimas como profissionais da imprensa.

 

Assinatura Abraji