- 05.06
- 2006
- 14:51
- Rebeca
Abraji reúne 100 jornalistas na USP para debater cobertura da eleiçao
O curso sobre cobertura das eleiçoes 2006 realizado pela Abraji neste sábado lotou o auditório do Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicaçoes e Artes da Universidade de Sao Paulo. Cerca de 100 pessoas, entre profissionais e estudantes, participaram do evento, das 9h as 18h. Além de tirar dúvidas sobre aspectos relevantes do processo eleitoral, como legislaçao e financiamento de campanhas, os participantes aprenderam a interpretar pesquisas de intençao de voto e ouviram relatos de repórteres experimentados em coberturas eleitorais.
As apresentaçoes dos convidados foram seguidas de perguntas da audiencia em um clima de entrevista coletiva. O curso foi promovido em parceria com o Departamento de Jornalismo e Editoraçao da ECA-USP. Em paralelo, no período da tarde, foi realizado um workshop sobre Reportagem com Auxílio do Computador (RAC) aplicada a cobertura das eleiçoes.
Na primeira mesa do dia, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Sao Paulo Eduardo Muylaert explicou como funciona a Justiça eleitoral, como a nova legislaçao equiparou a internet ao rádio e a TV do ponto de vista da equidade da cobertura e antecipou quais temas deverao ocupar os tribunais. Ele debateu o assunto com Márcio Chaer, da Revista Consultor Jurídico, que criticou a cobertura política também fora de períodos eleitorais. "A imprensa poderia ter me ajudado a entender o PT", afirmou Chaer. "Mas nao fez."
As pesquisas eleitorais foram o tema da mesa seguinte. Marcia Cavallari Nunes, diretora-executiva do IBOPE Opiniao, e Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, explicaram em detalhe a metodologia de pesquisa dos dois institutos, ressaltando suas diferenças e pontos em comum. A interpretaçao da margem de erro - um problema freqüente do noticiário - foi um dos pontos mais debatidos. Mas nao só: os dois especialistas mostraram como os jornalistas podem aproveitar as tabelas detalhadas divulgadas pelos institutos para ir além da "corrida de cavalos" na divulgaçao dos resultados.
Na parte da tarde, a primeira mesa trouxe boas histórias da cobertura política e de campanhas anteriores, contadas pelos jornalistas Frederico Vasconcelos, Rubens Valente e Claudio Augusto. Vasconcelos trabalha na Folha em Sao Paulo. Valente, também da Folha, até recentemente cobria o noticiário político em Brasília. Augusto é editor de política do jornal Estado de S. Paulo. Com experiencias diferentes, eles puderam discutir as várias etapas da cobertura política - da rua a ediçao final - nos níveis municipal, estadual e nacional.
A mesa final trouxe um dos assuntos mais quentes desta e de outras eleiçoes: o financiamento de campanha. Antes das apresentaçoes o mediador, Cláudio Tognolli, diretor da Abraji, ressaltou a importância do acesso a informaçao e o que tem sido feito, também com a participaçao da Abraji, para que o Brasil tenha uma lei que garanta esse direito. Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparencia Brasil, mostrou como a organizaçao trabalha para tornar públicos os mecanismos de financiamento de candidatos e partidos. Evandro Spinelli, da rede de jornais Bom Dia, tratou dos desafios de cobrir governos e prefeituras com pouca transparencia e sem acesso assegurado as fontes e a informaçao pública.
As apresentaçoes dos convidados foram seguidas de perguntas da audiencia em um clima de entrevista coletiva. O curso foi promovido em parceria com o Departamento de Jornalismo e Editoraçao da ECA-USP. Em paralelo, no período da tarde, foi realizado um workshop sobre Reportagem com Auxílio do Computador (RAC) aplicada a cobertura das eleiçoes.
Na primeira mesa do dia, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Sao Paulo Eduardo Muylaert explicou como funciona a Justiça eleitoral, como a nova legislaçao equiparou a internet ao rádio e a TV do ponto de vista da equidade da cobertura e antecipou quais temas deverao ocupar os tribunais. Ele debateu o assunto com Márcio Chaer, da Revista Consultor Jurídico, que criticou a cobertura política também fora de períodos eleitorais. "A imprensa poderia ter me ajudado a entender o PT", afirmou Chaer. "Mas nao fez."
As pesquisas eleitorais foram o tema da mesa seguinte. Marcia Cavallari Nunes, diretora-executiva do IBOPE Opiniao, e Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, explicaram em detalhe a metodologia de pesquisa dos dois institutos, ressaltando suas diferenças e pontos em comum. A interpretaçao da margem de erro - um problema freqüente do noticiário - foi um dos pontos mais debatidos. Mas nao só: os dois especialistas mostraram como os jornalistas podem aproveitar as tabelas detalhadas divulgadas pelos institutos para ir além da "corrida de cavalos" na divulgaçao dos resultados.
Na parte da tarde, a primeira mesa trouxe boas histórias da cobertura política e de campanhas anteriores, contadas pelos jornalistas Frederico Vasconcelos, Rubens Valente e Claudio Augusto. Vasconcelos trabalha na Folha em Sao Paulo. Valente, também da Folha, até recentemente cobria o noticiário político em Brasília. Augusto é editor de política do jornal Estado de S. Paulo. Com experiencias diferentes, eles puderam discutir as várias etapas da cobertura política - da rua a ediçao final - nos níveis municipal, estadual e nacional.
A mesa final trouxe um dos assuntos mais quentes desta e de outras eleiçoes: o financiamento de campanha. Antes das apresentaçoes o mediador, Cláudio Tognolli, diretor da Abraji, ressaltou a importância do acesso a informaçao e o que tem sido feito, também com a participaçao da Abraji, para que o Brasil tenha uma lei que garanta esse direito. Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparencia Brasil, mostrou como a organizaçao trabalha para tornar públicos os mecanismos de financiamento de candidatos e partidos. Evandro Spinelli, da rede de jornais Bom Dia, tratou dos desafios de cobrir governos e prefeituras com pouca transparencia e sem acesso assegurado as fontes e a informaçao pública.