• 16.03
  • 2015
  • 15:00
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Abraji repudia hostilização a jornalistas em protestos da última semana

As manifestações nos últimos 13 e 15 de março produziram pelo menos dois casos de hostilidade contra jornalistas no exercício da profissão em São Paulo.

Na sexta-feira, a repórter do jornal O Globo Mariana Sanches foi ameaçada enquanto participava de coletiva de imprensa realizada durante o protesto de centrais sindicais. Ao ver a credencial da jornalista, um homem disse que a "quebraria no pau", afirmando que ela não deveria estar ali. Embora a assessoria da CUT tenha intervindo a favor da jornalista, Mariana não conseguiu fazer questionamentos durante a coletiva.

Durante a manifestação na Avenida Paulista, no domingo, o editor José Antonio Lima e o vídeorrepórter Yghor Boy, ambos da CartaCapital, foram hostilizados por centenas de manifestantes incitados por um integrante do Movimento Brasil Livre. Lima foi empurrado e segurado pelos braços por dois membros do MBL. Diante do acirramento dos ânimos, outros participantes escoltaram os jornalistas para longe do local, enquanto as agressões verbais continuavam. Os profissionais optaram por não seguir com a cobertura, por julgar que não havia mais condições de segurança.

A Abraji considera inaceitáveis todos os tipos de agressão a jornalistas no exercício da profissão. Independentemente de suas preferências políticas e dos meios em que atuam, os profissionais da imprensa que estão nas ruas cumprindo com o dever de informar a sociedade devem ser respeitados. Hostilizá-los e dificultar seu trabalho é agir contra a democracia.


Assinatura Abraji