Abraji repudia ataque racista a repórter em rede social

A Abraji repudia as ofensas racistas sofridas pela repórter Julia Fermino, da Jovem Pan, e apela às autoridades públicas que investiguem o caso com celeridade. Em 16 de outubro, a jornalista foi atacada nas redes sociais, de modo racista, ao reportar uma operação policial sobre falsificação de bebidas. A emissora denunciou à polícia paulista, em boletim de ocorrência, as ofensas contra a repórter.

É importante destacar que mulheres jornalistas são alvos constantes de ataques misóginos e que, a essa camada de preconceito, se soma a ofensa racial quando se trata de jornalistas negras. O Perfil Racial da Imprensa Brasileira revela que 52,3% das jornalistas negras entrevistadas afirmaram já ter sido vítimas de misoginia e racismo combinados. 

Além de criminoso, esse tipo de ofensa racial e misógina não tem somente o efeito traumático para a vítima, mas se estende a todo o reportariado, como forma de intimidação e cerceamento do livre exercício do jornalismo.

A Abraji reforça a urgência de apuração do caso para que os autores sejam devidamente responsabilizados, lembrando que a impunidade é o motor de crescimento desse tipo de ataques na sociedade e contra a imprensa.

À jornalista Julia Fermino e sua família, toda a solidariedade.

Diretoria da Abraji, 23 de outubro de 2025.