
- 18.03
- 2025
- 15:55
- Abraji
Abraji repudia ameaças a jornalista do Intercept e cobra providências das autoridades
A Abraji repudia e vê com extrema preocupação as graves ameaças de morte e violência física e moral endereçadas ao jornalista Paulo Motoryn, do Intercept Brasil, por causa da publicação de uma reportagem a respeito de um foragido dos atos de 8 de Janeiro, localizado pelo profissional na Argentina. O homem citado na reportagem foi condenado a 16 anos de prisão por incendiar uma viatura e comprar equipamentos militares na tentativa de golpe de Estado.
O jornalista já prestou queixa à Polícia do Distrito Federal, onde reside. E a Abraji enviou ofícios às autoridades locais cobrando providências e celeridade na identificação e na responsabilização dos ofensores, que, instigados até por figuras públicas ligadas ao bolsonarismo, têm feito ameaças pelas redes sociais, inclusive divulgando o endereço do jornalista e citando a família dele.
Chama a atenção, para além das ameaças expressas nas mensagens, a tentativa de criminalizar o trabalho do repórter, que apenas exerceu seu papel de apurar, investigar e divulgar informações. O repórter agiu de acordo com seu papel na sociedade.
As ofensas e ameaças têm o intuito expresso de silenciar e intimidar não só o jornalista agredido, como toda a imprensa. São ações que precisam ser repudiadas e seus autores criminalmente responsabilizados de forma exemplar. A Abraji cobra que as autoridades públicas ajam com agilidade, para desincentivar ataques aos preceitos democráticos que incluem a imprensa livre e independente.
A Abraji se solidariza com Paulo Motoryn, sua família e seus colegas do Intercept Brasil.
Diretoria da Abraji, 18 de março de 2025
