- 25.08
- 2021
- 16:12
- Abraji
Liberdade de expressão
Acesso à Informação
Abraji repudia ameaça de morte a repórter fotográfico do Amazonas
Na noite de segunda-feira (23.ago.2021), o repórter fotográfico Edmar Barros, que trabalha para vários veículos do país e do exterior como freelancer para questões que envolvem a Amazônia, foi ameaçado de morte.
Edmar Barros tinha voltado de uma viagem pelo Sul do Amazonas, onde registrou áreas de queimadas, quando recebeu uma mensagem pelo celular afirmando que poderia ser assassinado se continuasse cobrindo os crimes ambientais. A intimidação veio de um número desconhecido: “Você vai queimar junto com as queimadas...vai virar churrasquinho”. Tais ameaças, além de consideradas crimes pelo Código Penal Brasileiro, violam a liberdade de expressão e restringem o direito de acesso à informação de toda a sociedade.
O jornalista afirma que constatou a ausência de autoridades (bombeiros, fiscais e forças de segurança) em áreas devastadas pelo fogo, especialmente no entorno das BRs 319 e 230 (Transamazônica), entre Humaitá e Lábrea, regiões entre as que mais registram queimadas no Brasil. Edmar viajou 2.400 quilômetros durante 10 dias, ao lado de outro colega de profissão, para reportar o desmatamento e os incêndios.
A Abraji condena a tentativa de intimidação do fotojornalista e solicita que a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e o governador Wilson Lima (PSC) garantam a devida investigação dos fatos, assim como condições seguras para o exercício da profissão no Estado.
O caso de Edmar Barros será informado às organizações internacionais com as quais a Abraji atua para que a ameaça de morte seja monitorada pelos organismos independentes. Esse é o terceiro caso de algum tipo de violência ou intimidação contra jornalistas no Amazonas nos últimos dois meses. No final de junho e no começo de julho, a Abraji denunciou agressões a profissionais da Rede Amazônica.
Diretoria da Abraji, 25 de agosto de 2021