- 16.07
- 2010
- 14:53
- Blog Repórter de crime - por Jorge Antonio Barros
Abraji critica o uso da imagem de jornalistas em campanhas eleitorais
O presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), jornalista Fernando Rodrigues, critica o uso da imagem de profissionais de jornalismo para se fazer propaganda político-partidária no país. Ele lembra que é desonesto com o público exibir a atuação de pessoas interpretando repórteres nesses programas de TV porque eles não estão fazendo reportagens, mas campanhas políticas.
Em entrevista ao blog REPÓRTER DE CRIME, Fernando defende também que o Brasil tenha uma lei que garanta o direito de acesso a informações públicas - um dos objetivos da entidade - porque isso é fundamental para a transparência no poder público e para o fortalecimento da democracia. Fui conversar com Fernando por causa do 5o Congresso Internacional da Abraji, que vai acontecer em São Paulo entre os dias 29 e 31 de julho. Sou sócio-fundador da Abraji, que nasceu em 2002, em resposta a um dos crimes mais bárbaros contra jornalistas durante o período democrático, que foi a execução do repórter Tim Lopes, da Rede Globo de Televisão, por traficantes de drogas da Vila Cruzeiro. Na ocasião fiz parte da Comissão Tim Lopes, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio, que organizou um grande movimento contra a impunidade dos assassinos de Tim.
Repórter especial da "Folha de S. Paulo" e autor do Blog do Fernando, Rodrigues diz que o jornalismo investigativo sempre terá grande espaço na mídia, qualquer que seja a plataforma do veículo.
Como sócio da Abraji não há dúvida de que eu acredito no jornalismo investigativo como um gênero, ousando discordar de grandes jornalistas que afirmam que todo jornalismo é investigativo. Infelizmente não é, pelo menos no Brasil. O jornalismo investigativo é, sim, cada vez mais um dos instrumentos mais eficazes à disposição da opinião público para trazer à tona aquilo que uma pessoa ou um grupo, no poder ou fora dele, está disposto a esconder.
Para acessar o áudio da entrevista clique aqui.