Abraji condena detenção de jornalistas pela Polícia da Bahia
  • 14.02
  • 2020
  • 15:18
  • Abraji

Liberdade de expressão

Abraji condena detenção de jornalistas pela Polícia da Bahia

A Abraji condena a ação da polícia da Bahia que deteve dois jornalistas da revista Veja, na manhã desta sexta-feira (14.02.2020), no município de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador. Os repórteres realizavam apuração para reportagem sobre a morte do ex-capitão Adriano da Nóbrega, morto no dia 09.fev.2020.

O repórter Hugo Marques e o repórter fotográfico Cristiano Mariz tentavam localizar o fazendeiro Leandro Abreu Guimarães, quando foram abordados por policiais militares, revistados e encaminhados para a delegacia regional, mesmo após exibirem suas credenciais de imprensa. Eles ainda tiveram o gravador apreendido. O aparelho só foi devolvido após os profissionais serem ouvidos pela Polícia Civil. 

Segundo afirma a Veja em nota, o fazendeiro é testemunha-chave para esclarecer as circunstâncias da morte de Adriano da Nóbrega, pois teria dado abrigo ao ex-capitão no município de Esplanada e foi uma das últimas pessoas a vê-lo com vida.

Os profissionais só foram liberados da delegacia depois de 20 minutos. Cada vez que agentes policiais intimidam jornalistas, a liberdade de imprensa é ameaçada e a democracia brasileira, enfraquecida. A Abraji exige que o Governo do Estado da Bahia identifique e puna os responsáveis pelo ato e promova revisões nos procedimentos dos agentes policiais.

A Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia informou, por nota, que a ação da Polícia Militar envolvendo os repórteres da revista Veja não teve a intenção de impedir o livre exercício da profissão jornalística. E que “a defesa incansável da liberdade de imprensa é prerrogativa inviolável e nossa prática diária”.


Diretoria da Abraji, 14 de fevereiro de 2020.

Assinatura Abraji