• 24.04
  • 2012
  • 12:13
  • -

Abraji cobra apuração do assassinato de jornalista

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) cobra das autoridades estaduais investigação do assassinato do jornalista Décio Sá. Ele foi morto com seis tiros enquanto jantava em um bar-restaurante em São Luís, no Maranhão, na noite da última segunda-feira, 23. É o quarto jornalista assassinado no Brasil em 2012.

Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão", pertencente à família Sarney, e mantinha um blog sobre política. Ele deixa mulher e um filho de oito anos.

A Abraji vê com preocupação a escalada de violência contra jornalistas no Brasil e cobra agilidade das autoridades na solução do caso. Além de responsabilizar os culpados, a investigação deve esclarecer a motivação do crime e se ele teve relação ou não com o trabalho jornalístico. Crimes que visam calar um jornalista configuram um grave atentado à liberdade de expressão. 

A violência contra repórteres no ano passado fez o país despencar 41 posições no ranking de liberdade de expressão da ONG Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o INSI (International News Safety Institute), em 2011 o Brasil foi o 8º país mais perigoso do mundo para jornalistas. Em 2012, ocupa a segunda posição no ranking. 

Índice elaborado pela organização americana Comitê para Proteção de Jornalista (CPJ) divulgado neste mês indica que o Brasil é o 11º país do mundo com o pior índice de impunidade em crimes contra jornalistas.

Em março, o governo brasileiro, ao lado de Índia e Paquistão, impediu a aprovação de um plano de ação da ONU para proteger jornalistas.

 

Assinatura Abraji