• 07.07
  • 2015
  • 09:23
  • Abraji

10º Congresso da Abraji reúne mais de 800 pessoas de 23 estados

Auditório lotado para o painel de Evan SmithA décima edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo realizado em São Paulo pela Abraji nos dias 2, 3 e 4 de julho reuniu cerca de 850 pessoas de 23 unidades da Federação. Foram três dias de 71 painéis com debates, oficinas e troca de experiências.

Novidade na programação de 2015 do evento, as sessões especiais foram destaque. No auditório lotado da Universidade Anhembi Morumbi, passaram nomes internacionais como Evan Smith (Texas Tribune), Jorge Lanata (Periodismo para Todos/Lanata Sin Filtro) e Dana Priest (Washington Post), além de convidados brasileiros: Dorrit Harazim (O Globo), Sergio Moro (Tribunal Regional Federal - 4ª região), Roberto D´avila (Globonews) e Rosental Calmon Alves (Centro Knight para o Jornalismo nas Américas/Universidade do Texas).

Entre elas, a participação de Laurent Sourisseau (Riss), atual diretor editorial do periódico francês Charlie Hebdo, chamou a atenção pelo aparato de segurança envolvido. Em sua primeira viagem para fora da França após o atentado contra a sede do jornal em janeiro deste ano, o cartunista e escritor teve escolta da Polícia Federal brasileira. O acesso ao auditório só era permitido após passagem por detector de metais. A mediação do painel foi feita por Frank de La Rue, ex-relator especial para liberdade de expressão da ONU, atualmente no Robert F. Kennedy Center, e por Guilherme Canela, conselheiro de Comunicação e Informação da UNESCO para o Mercosul e o Chile.

Ao final do primeiro dia, a homenagem da Abraji a Clóvis Rossi e a entrega do Prêmio Abraji de Contribuição ao Jornalismo a Claudio Weber Abramo também preencheram o auditório. A cerimônia está disponível on-line, assim como o documentário sobre a carreira de Rossi, exibido pela primeira vez na ocasião.

A lista de palestrantes convidados incluiu ainda diretores dos três principais jornais do Brasil até coletivos de mídia independente como Nigéria e Jornalistas Livres, incluindo blogs, autores de veículos especializados e escritores. Elio Gaspari, homenageado na edição anterior do Congresso, voltou à conferência - desta vez para dar uma aula de jornalismo a partir da cobertura do assassinato de John F. Kennedy em novembro de 1963.

Na parte prática do evento, foram oferecidas 12 oficinas de jornalismo de dados, que abordaram desde busca avançada na internet até linguagens mais avançadas como Python e MySQL, passando por investigação de gastos públicos e crime organizado.

Para congressistas e palestrantes, o balanço do 10º Congresso foi positivo. A troca de experiências e a oportunidade de estabelecer contato com colegas de diferentes áreas de atuação e regiões do país foi, mais uma vez, um dos pontos fortes do evento.

Pela sexta vez, o registro oficial do Congresso da Abraji foi feito em tempo real por estudantes que participam ou participaram do Projeto Repórter do Futuro, curso de extensão universitária oferecido há mais de 20 anos pela Oboré em parceria com a Abraji. A produção multimídia está disponível no site da cobertura.

O 10º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo foi uma realização da Abraji e da Universidade Anhembi Morumbi com o patrocínio de Google, O Globo, Estadão, Folha de S. Paulo, Gol, Itaú, Oi, TAM, Twitter e UOL, e apoio da ABERT , ANJ , Comunique-se, Conspiração, Consulado Geral dos Estados Unidos no Brasil, FAAP, Fórum de Direitos de Acesso à Informações Públicas, Jornalistas & Cia., Knight Center for Journalism in the Americas, OBORÉ Projetos Especiais, Textual e UNESCO.

Foto: Bruno Martins

Assinatura Abraji